Edição nº 1728 - 9 de fevereiro de 2022

NO MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
A figura humana vista por Nadir Afonso

O Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, através de uma parceria entre a Câmara de Castelo Branco e a Fundação Nadir Afonso, tem patente, até dia 30 de abril, a exposição Nadir Afonso e a Figura Humana, que ao longo da sua exibição contará com vários momentos, como a apresentação de um livro e atividades dirigidas às crianças, entre outros.
Na inauguração da mostra, no passado sábado, 5 de fevereiro, que teve início com um momento musical com o Kaléidoscope Trio, da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, recordou que “esta não é a primeira vez que Nadir Afonso e a sua obra está em Castelo Branco” e sublinhou que “também não é a primeira vez que nos deslumbramos com a obra de Nadir Afonso”.
O autarca referiu-se depois à “corrente vanguardista do princípio do Século XX, tão bem representada por Nadir Afonso”.
Por tudo isto Leopoldo Rodrigues considerou a inauguração da exposição comissariada por Sílvia Moreira “muito importante na dinâmica cultural no Concelho de Castelo Branco”, destacando que o “Museu Francisco Tavares Proença Júnior é um espaço cultural de excelência, de Castelo Branco, da Região, do País. Está aliado ao Jardim do Paço, uma ligação que pretendemos vir a fomentar”.
Focado no Museu acrescentou que o objetivo “é valorizar o seu acervo arqueológico, o espaço expositivo das Colchas de Castelo Branco e o acervo de Arte Sacra, num caminho de valorização, de reposicionamento do Museu”.
Voltando à exposição, Leopoldo Rodrigues avançou ainda que no âmbito da mostra será apresentado o livro O Homem infinito, do Albicastrense Guilherme Pires. Uma obra que será apresentada em abril, tratando-se de uma biografia de Nadir Afonso, dando a conhecer a sua vida e obra.
Por seu lado, Laura Afonso, viúva do artista plástico, arquiteto e pensador, e que é coordenadora geral da exposição, a par de Fernando Raposo, começou por se dirigir a todos com um “bem-vindos ao mundo de Nadir Afonso”, para avançar que “esta é uma exposição que nos transporta para um mundo muito significativo, mas menos conhecido de Nadir Afonso”.
Laura Afonso recordou depois sucintamente a vida e o percurso de Nadir Afonso e realçou que, “hoje, Nadir Afonso é conhecido pela série Cidades. Aqui é dada a conhecer uma das facetas menos conhecidas da obra de Nadir Afonso, a representação ou sugestão da figura humana”.
A exposição, apresentada em várias salas do Museu, apresenta um total de 91 obras, com Laura Afonso a reiterar que “dá a conhecer uma das facetas menos conhecidas da obra de Nadir Afonso, onde o traço sui generis do artista apresenta a figura humana, na beleza dos corpos, na volúpia e na sensualidade. A mostra é constituída por três núcleos essenciais, telas, guaches e estudos. Os estudos correspondem a desenhos ou aguarelas, alguns realizados ainda na juventude do artista, realizados à mão livre e contrastam com o rigor dos guaches ou das telas. Os guaches constituem um estádio intermédio entre o estudo e a tela final, nesta fase a forma e a cor são apurados. O conjunto das telas é composto, sobretudo, por obras do período organicista e antropomórfico. Este período é caracterizado, sobretudo, pela introdução da figura humana, onde a evocação explícita da figura feminina é nítida como, por exemplo, em Banhistas, A Cidade Longínqua, ou um misto de figura e cidade. À superfície da tela, irrompe uma interligação e interpenetração de elementos que sugerem a cidade, numa simbiose de figuras humanas, sobretudo corpos femininos: Valquírias, Carnavalescas, Estátuas Móveis, Electra et Oreste”.
António Tavares

09/02/2022
 

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