João Belém
A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Ter Informação não significa saber, apenas é uma fonte que te leva para a sabedoria.
Gandhi
A Sociedade da Informação surgiu no século XX no momento em que a tecnologia teve grandes avanços e diz respeito a nossa sociedade atual, onde a informação se tornou uma ferramenta de fácil acesso e essencial para o desenvolvimento pessoal e coletivo (Wikipédia).
A sociedade da informação e do conhecimento é uma construção da sociedade, muito para além dos seus protagonistas, por mais ativos e militantes que a sua atividade possa sugerir. Este movimento é visível à escala Global, envolvendo milhões de cidadãos, repartidos por todos os cantos do mundo, envolvendo cientistas, académicos, políticos, empresários, produtores de conteúdos informacionais e cidadãos comuns.
Os benefícios para os cidadãos e agentes económicos destas transformações em curso acelerado são incalculáveis. Os riscos de utilização maliciosa ou abusiva estão na mesma escala.
Nunca na história da humanidade estivemos na presença de um movimento de transformação tão abrangente, de forma transversal a toda a sociedade e apresentando uma aceleração que muitos observadores consideram imparável.
O final deste processo ninguém o antevê. A sua abrangência é quase infinita. As transformações muito profundas e irreversíveis. As sociedades que se deixam enredar neste furacão podem perder o controle do seu percurso, sofrer danos graves e não retirar os benefícios que estavam ao seu alcance.
Estamos, pois, na presença de um enorme desafio, rico de oportunidades e de ameaças. Assim deve conhecer-se a realidade com maior rigor para que seja possível escolher o caminho que melhor sirva os nossos interesses coletivos.
A privacidade e a segurança são temas que a explosão tecnológica traz para a ribalta. Tudo o que imaginarmos na violação da privacidade individual e da segurança da informação é hoje tecnologicamente possível. O roubo de identidade, o cruzamento de dados, a ativação de “chips” à distância para atividades de espionagem ou de terrorismo, e muito mais, só dependente da Imaginação humana, é hoje possível efetuar numa base tecnológica. É, portanto, necessário reforçar os controlos democráticos de proteção de dados individuais, tirando também partido do poder da tecnologia ao serviço da segurança porque as TIC e a SI associadas a estas tecnologias apresentam sempre riscos e oportunidades.
Parafraseando Vítor Ventura (MANAGER EMEA & ASIA, CISCO TALOS OUTREACH), “todos nós somos utilizadores do ciberespaço, seja no telemóvel ou no computador, na televisão ou no tablet. A clarificação de tudo o que diz respeito aos ciberataques, e a sua normalização, aumentam a resistência dos utilizadores e limitam a especulação e o eventual aproveitamento populista. As organizações já fomentam a literacia digital através das suas formações internas. Ao Estado cabe o papel mais abrangente: o de formar a sociedade em geral”.