Edição nº 1731 - 2 de março de 2022

COM INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES
Junta avança com calendário e parcerias para potenciar atividades comunitárias

A Junta de Freguesia de Castelo Branco vai aplicar cerca de 40 por cento do seu orçamento, que é de quase 600 mil euros, em projetos que envolvem parcerias com instituições, organizações e associações da Freguesia. O montante foi revelado pelo presidente da Junta, José Dias Pires, num encontro mantido entre a autarquia e as instituições, organizações e associações, realizado na passada quinta-feira, 24 de fevereiro. A reunião teve como objetivo “promover a proximidade com a comunidade que compõe a nossa freguesia, procurando conhecer os seus problemas, necessidades e anseios para que, de forma sustentada e eficaz, os possamos resolver, satisfazer e realizar”, com José Dias Pires a dar um lugar de destaque às parcerias.
José Dias Pires garante que esta “é uma boa prática que passaremos a realizar todos os anos, no arranque do ano civil”. A finalidade é “todos ficarmos a saber das atividades uns dos outros e a Freguesia ter também essa perceção”, pois o “objetivo é trabalhar em prol da sociedade, das pessoas”.
Para o autarca o “associativismo tem algumas obrigações inerentes à sua missão”, apontando para “responder a necessidades de grupos”, sendo que “muitas vezes tem características semelhantes a instituições”, pelo que “cada vez mais há que compreender o que é estar próximo, o que é o verdadeiro trabalho comunitário”.
José Dias Pires realça que “muitas vezes há a tentação de perceber que a resolução dos problemas passa por subsídios ao trabalho comunitário”, para defender que, na realidade, “mais do que subsidiar, é apoiar, estabelecer protocolos de parceria”.
Por outro lado, afirma que “tem sido difícil perceber qual a capacidade de integrar muitas estruturas para conjugação de atividades, de recursos, de meios, para potenciar a resolução de todos os problemas”, sendo que “uma das preocupações é poder conjugar com todas as estruturas um calendário de intervenção comunitária, um calendário associativo”. Tudo, sublinha, para “nunca termos sobreposição de atividades. O que acontecia, porque não havia um calendário para saber não conjugar atividades semelhantes, sobrepostas, uma vez que umas prejudicam-se às outras”. Assim, defende que “é possível fazer uma calendarização de todas as atividades e há a vontade de organizar esse calendário”.
No que respeita às intervenções conjugadas, José Dias Pires avança que há “cinco etapas que são obrigatórias e devemos, percorrer”. Estas passam por “conhecer o passado da comunidade (histórico, cultural, social e económico), para saber como continuar, refazer ou mudar o que for necessário; perceber o passado, especialmente os acertos para aprender com eles e poder potenciá-los; saber o presente, para poder enfrentar os grandes desafios, aproveitar todas as potencialidades e enfrentar as principais dificuldades; viver o presente, promover os jovens à decisão e à ação conjugada com os mais experientes, e procurar saber onde estão os que podem fazer e ajudar a consolidar a atualidade ou promover a novidade; querer o futuro, saber o que e como fazer (ter uma visão operacional e sustentada), saber porque e com quem fazer (ter uma visão estratégica fundamentada) e saber onde fazer (ter um conhecimento efetivo do território físico e social)”.
Só assim, garante, “será possível estabelecer protocolos de parceria geradores de apoios que promovam ou contribuam para a promoção o desenvolvimento de projetos ou atividades concretas em áreas de interesse para a Freguesia com caráter permanente, regular e continuado, designadamente nos âmbitos social, cultural, desportivo, recreativo, ambiental, dos direitos humanos e da cidadania, bem como de apoio à juventude e à população sénior, e também a eventos de caráter pontual para atividades com implicação comunitária”.
Para o autarca também “há que acabar com a ideia que a atividade de cada um é a mais importante”, pois “são todas importantes”.
É nesse sentido que foi disponibilizada uma listagem com “os principais instrumentos de que nos munimos para a implementação do projeto alargado de intervenção comunitária da Junta de Freguesia de Castelo Branco”, que incluem programas como Apoio a projetos de implicação comunitária; Apoios à Edição de Livros e a Livros Editados; Casa do Arco do Bispo - Espaço Cultural da Freguesia de Castelo Branco; Cidadã(o) Honorári@ da Freguesia de Castelo Branco; Livros de Mão em Mão - Biblioteca rotativa da comunidade Albicastrense; Olá nov@ albicastrense - Apoio à natalidade na Freguesia de Castelo Branco; Orçamento Participativo Jovem; Programa Mãos de Ajudar - Pequenos arranjos ao domicílio; Programa Vamos - A Freguesia Vai por Si - Apoio a Cidadãos com Mobilidade Condicionada.
José Dias Pires adianta ainda que “no mês de março vão receber as propostas de protocolos de parcerias e no final do mês haverá um primeiro momento do apoio financeiro, em que será mais prioritário o trabalho social comunitário”.
Pelo meio, fez também questão de deixar claro que é importante “distinguir atividades pontuais de atividades regulares”, porque “transformar atividades regulares em atividades pontuais não pode ser, até porque isso duplica o apoio, há a sobreposição de apoios, sendo que se repetimos apoios estamos a retirá-los a outros”.
António Tavares

02/03/2022
 

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