DISTINGUIDA COM MEDALHA DE OURO DA CIDADE DE CASTELO BRANCO
Escola Afonso de Paiva comemora bodas de ouro
A Escola Básica Afonso de Paiva, de Castelo Branco, comemorou, na passada sexta-feira, 7 de outubro, o 50.º aniversário. As bodas de ouro estabelecimento de ensino foram comemoradas com uma cerimónia, na qual o diretor do Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva, Luís Santos, realçou que “estamos aqui para celebrar o 50.º aniversário da Escola Afonso de Paiva, inicialmente designada Escola Preparatória Afonso de Paiva”, destacando que “porque quisemos celebrar este aniversário na nossa casa, infelizmente não é possível estarem aqui connosco todos os que gostariam de estar e não estão aqui connosco todos os que gostaríamos que pudessem estar”. Uma situação que, no entanto, garantiu que se reverterá, pois “estarão brevemente”, nomeadamente através das Comemorações do 50.º Aniversário da Afonso de Paiva, porque “iremos organizar, até final deste ano letivo, um conjunto de iniciativas cujo objetivo é de nela conseguirmos incluir r envolver todos os que, não podendo estar hoje connosco, contribuíram, à sua maneira e dentro das suas capacidades, para a história, a grandeza e a excelência do serviço educativo que esta instituição sempre prestou e continua a prestar”.
Luís Santos recordou depois a história da Escola (ver caixa), para mais à frente referir que “uma história só é possível, porque também ela foi construída com lideranças de base humanista que souberam definir, ao longo destes 50 anos, aquela que é hoje a identidade da Afonso de Paiva, a nossa identidade. Não podemos deixar neste percurso o João Carlos Correia, a Emília farias, o João Batista, o Joaquim Martins, o Joaquim Abrantes, a Zélia Magueijo e o Rui Duarte”, defendendo que “contribuíram, cada um no seu tempo e à sua maneira, para que hoje possamos, possam enquanto diretor desta instituição e deles sucessor, dizer-vos, orgulhosamente, que continuamos a ser diferentes, não sei se melhores, mas diferentes”.
O diretor do Agrupamento sublinhou também que “esperamos conseguir dar continuidade a esse projeto de escola. Sintetizado no lema Trajetos de Inclusão: Participar, Unir e Formar, esperamos que o atua projeto educativo, que adota como linhas orientadoras transversais a todas as ações do Agrupamento, a Educação para a Cidadania, e a construção de um currículo atual, ancorado no perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, consolidado nas aprendizagens essenciais, nos valores da responsabilidade, do trabalho, da exigência, da solidariedade, da partilha, da confiança, da justiça, da cidadania responsável e da inclusão, na promoção do sucesso educativo, escolar e social, possa continuar a proporcionar aos nossos alunos e jovens uma formação integradora e geradora de sucesso na escola e na vida. Onde o aluno aprende a ser, a conviver, a comunicar e a valorizar a diversidade, onde se estimula a autonomia, a criatividade, os valores socias, humanos, ambientais e europeístas, assente em princípios como a prestação de um serviço público de educação e de formação de qualidade, que inclui valorizando e potenciando as capacidades individuais e os ritmos de aprendizagem de cada um. No fundo, um agrupamento capaz de continuar a estabelecer a necessária interligação da educação com as atividades sociais e culturais, capaz de capacitar para aprendizagens ao longo da vida, de proporcionar um crescer em conjunto através do diálogo, da interculturalidade e da inclusão, facilitando a construção do conhecimento e do desenvolvimento integral dos alunos, a preparação de cidadãos dotados de valores e competências que facilitem o seu desenvolvimento integral”.
Por seu lado, a diretora regional de educação do Centro, Cristina Oliveira, considerou que este foi um “momento tão simbólico, porque são 50 anos e é uma escola. Todos tivemos uma escola, os professores, e são eles que modelam a nossa vida”.
Cristina Oliveira destacou também que a Afonso de Paiva “é uma escola marcante para muitos dos que estão aqui”, para já no final assegurar que “esta escola está perfeitamente preparada para o Século XXI”.
Também para o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, que nesse dia entregou ao diretor do Agrupamento a Medalha de Ouro da Cidade de Castelo Branco, “estar aqui é duplamente gratificante. É o cinquentenário de uma instituição, que é uma marca de referência no panorama educativo Albicastrense”, para acrescentar que “aqui lecionei, desenvolvi projetos, fiz amigos. Daí estar duplamente grato por estar aqui”.
Leopoldo Rodrigues reveliu depois que durante a visita à Escola Luís Santos lhe apresentou “pedidos, desafios”, para avançar que em relação à Escola de São Tiago foi pedida uma Sala Snoezelen. Perante isso “pedi provas da sua necessidade e convenceu-me, porque a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco tem sempre disponível a sua Sala Snoezelen, mas as deslocações, embora próximas, causam alguma alteração, devido às características destes meninos”. Assim, continuou, “proporei ao executivo para que se concretize a Sala Snoezelen” e revelou que “para além de equipas essa sala, também serão uma realidade as bancadas de experimentação para as Ciências”.
António Tavares