Edição nº 1763 - 19 de outubro de 2022

DIA 5 DE NOVEMBRO
Dlim dlão que toquem os sinos

Castelo Branco, no próximo dia 5 de novembro, será uma cidade musical, como resultado do Dia dos Sinos, uma iniciativa pioneira que envolve a Câmara e a Junta de Freguesia de Castelo Branco, a Diocese de Portalegre e Castelo Branco, através da Paróquia de São Miguel da Sé, e o músico Tom Hamilton.
Na apresentação do evento, que teve como cenário a Sacristia da Sé de Castelo Branco, o presidente da Junta, José Dias Pires, realçou que “este é um projeto para o qual temos grandes expectativas”, não deixando de referir que “a sua apresentação decorre numa das mais belas sacristias barrocas do País”.
José Dias Pires revelou também que está confiante que “o Dia dos Sinos seja um evento de referência, que nos orgulhe” e acrescentou que “é um projeto que conjuga um conjunto de vontades e que tem como objetivo promover o que de bom temos na nossa cidade”.
Quanto ao facto da iniciativa se realizar dia 5 de novembro, explicou que “queríamos que fosse a seguir ao Dia de Finados” e já com os olhos no futuro acrescentou que “esta é uma iniciativa que terá continuidade e será sempre no sábado a seguir ao dia 2 de novembro”.
José Dias Pires revelou também que nesta primeira edição embora o objetivo fosse que a Torre do Relógio estivesse envolvida com o seu toque completo, tal não é possível, pelo que se limitará ao toque das horas. Isto, adiantou, porque “falta uma peça e não será possível ouvir o toque que antecede o das horas. Um toque que é único no País, pois ao contrário doutros relógios não reproduz o som do Big Ben, ou o A 13 de maio (Avé de Fátima)”. E sobre esta questão adiantou ainda que se espera que a peça chegue, de modo “a tentar que ainda este ano o toque completo da Torre do Relógio volte a ser ouvido”.
Por seu lado, o pároco da Paróquia de São Miguel da Sé, Nuno Folgado, começou por realçar que “os sinos fazem bem o resumo do que é a fé católica no nosso meio”, para destacar que “os sinos, habitualmente, não são lembrados como património” e sublinhar que estão sempre presentes, uma vez que “dão as horas, chamam para a missa e celebram os dias solenes”.
Nuno Folgado que, de caminho, aproveitou para referir que a Sé de Castelo Branco “não tem oito sinos, mas nove, pois além dos das torres, também tem um junto ao altar”.
No que se refere aos oito sinos instalados nas torres, explicou que quatro balboam, ou seja, tocam por balanço, enquanto os outros são martelados, ou seja, são fixos e o som é produzido pela ação de um martelo exterior ao sino. Tudo isto, para sublinhar que “a Sé tem um conjunto muito harmonioso de sinos, porque não é fácil que oito sinos toquem ao mesmo tempo harmoniosamente”.
E com o foco nos sinos, Nuno Folgado não perdeu a oportunidade que revelar que “gostava muito que um dia Castelo Branco tivesse um carrilhão”, adiantando que “a Igreja de Santa Maria do Castelo podia ser um sítio para ter um carrilhão que se ouvisse na cidade toda”.
Já o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, elogiou “a extraordinária ideia de dedicar um dia aos sinos, que nos convocam para dias de tristeza, mas também para dias de alegria”.
Referindo-se ao “encanto dos sinos”, frisou também que esta iniciativa “é o primeiro momento para valorizarmos ainda mais os nossos sinos e através dele valorizar o património imaterial que se torna material”.
O programa do Dia dos Sinos, a 5 de novembro, começa às oito horas, com o repique de abertura, sob a coordenação de Tom Hamilton e que envolverá os sinos da Sé, da Capela da Senhora da Piedade, da Igreja de Santo António, da Igreja da Graça (Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco), da Capela do Espírito Santo, da Igreja do Valongo, da Igreja de São José Operário (Cansado), da Torre do Relógio e das igrejas dos Lentiscais e Taberna, que são anexas da Freguesia de Castelo Branco.
Às 9h30, no Miradouro da Senhora da Piedade, a Sociedade Columbófila realiza uma largada de pombos.
A partir das 11 horas, na Casa do Arco do Bispo, decorrerá o colóquio Que segredos guardam os nosso sinos?, com Tom Hamilton.
À mesma hora, é inaugurada uma exposição fotográfica Castelo Branco: Assim Fomos/Assim Somos, da autoria de Veríssimo Bispo. Uma mostra com fotografias antigas e atuais dos mesmos locais, que poderá ser visitada durante duas semanas, sendo que depois terá um percurso de itinerância pelas escolas dos agrupamentos da Freguesia.
Ainda durante a manhã, a partir das 11h45, na Devesa, realiza-se o primeiro concerto do Carrilhão Lvsitanvs, um projeto da família Elias, de Constância, havendo a destacar que dos cerca de 20 carrilhão itinerantes do Mundo é o maior e o único na Península Ibérica. Trata-se de uma estrutura com 63 sinos e um peso bruto total de 15 toneladas que funciona num camião.
Já na parte da tarde, a partir das 15h30, na Capela do Espírito Santo, o Orfeão de Castelo Branco, apresenta o concerto Palavras Cantadas.
A partir das 17 horas, na Capela da senhora da Piedade, o Váatão – Teatro de Castelo Branco, apresenta o espetáculo Palavras Ditas.
O repique final, idêntico ao de abertura, está marcado paras as 18 horas, e a partir das 19 horas, na Devesa, realiza-se o concerto de encerramento, com a Orquestra Típica Albicastrense e o Carrilhão Lvsitanvs.
António Tavares

19/10/2022
 

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