62 ninhos de vespa asiática destruídos em 2022
Os serviços da Câmara e Proença-a-Nova capturaram, em 2022, 62 ninhos de Vespa Velutina, ou vespa asiática como também é conhecida, na sequência de pedidos endereçados pela população um pouco por toda a área geográfica do Concelho. 2022 foi assim o segundo com o maior número de ninhos destruídos, tendo sido apenas superado em 2021, quando se registaram 139. Em 2020 e 2019 foram capturados 48 e 45 ninhos, respetivamente.
No decorrer de 2022 foi também lançado pela Câmara de Proença-a-Nova apoio para compra de material de combate à propagação da vespa asiática no território. Para quem cumpra as condições definidas em regulamento, a Câmara apoia, uma única vez por apicultor, a compra do primeiro kit de harpa com 145 euros e do segundo kit com 72,5 euros. Até dia 30 de setembro de cada ano, os interessados devem preencher o formulário de candidatura, disponível no Portal de Serviços Online ou nos serviços municipais, e entregá-lo com a Declaração de Existências do ano anterior, entre outros documentos, por via eletrónica, no Gabinete de Apoio ao Empresário ou no Balcão Único.
O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que tem estado na linha da frente na prevenção e combate à expansão da vespa asiática em Portugal, aponta que, apesar de não existir ainda qualquer método de controlo totalmente eficaz para eliminar a vespa velutina, afirma que “a destruição dos ninhos desta vespa é considerado o melhor método de limitar localmente o impacto sobre as abelhas, outros insetos e eventualmente pessoas”. Ressalva ainda que “a instalação descontrolada de armadilhas e a destruição de ninhos de outras espécies de vespas pode revelar-se prejudicial para a biodiversidade”.
De acordo com os especialistas, a colocação das armadilhas é fundamental para capturar as velutinas fundadoras na primeira fase do seu ciclo de vida, a partir de fevereiro. Capturar a fundadora impedirá a formação de novos ninhos e a posterior destruição de colmeias no período de predação da vespa que decorre entre julho e outubro.
Neste sentido, o ICNF criou a STOPvespa, que tem como objetivo a identificação e o controlo da vespa asiática em Portugal Continental. Esta ferramenta consiste na monitorização da distribuição e da expansão da vespa asiática, através da geolocalização de avistamentos e de ninhos num servidor de mapas, contribuindo para uma comunicação mais estreita entre a população, os técnicos municipais e a administração central, bem como para o apoio à gestão desta problemática e ajuda na tomada de decisão.