Edição nº 1783 - 8 de março de 2023

SOCIEDADE DOS AMIGOS DO MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
Revista Materiaes apresentada em sessão com muitas críticas

A Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, apresentou, no passado sábado, 4 de março, naquele espaço cultural, o sexto número da III Série da revista Materiaes, com o presidente da Sociedade, Hermann Scheufler, a realçar que “este número da revista, com 251 páginas, apresenta 23 autores de artigos, dos quais nove o são pela primeira vez”.
A apresentação da revista propiamente dita foi da responsabilidade de Humberto Rendeiro, que é técnico superior da Direção Regional de Cultura do Centro, que começou por recordar que “estive seis meses no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em 2010, quando fiz o estágio do mestrado em Museologia”, para realçar que “foi uma experiência muito enriquecedora”, aproveitando também para “elogiar a Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior”.
Humberto Rendeiro frisou também que “me deu muito gosto ler este número da revista, que me permitiu viajar entre séculos, sempre com a Beira Baixa como cenário”.
Por outro lado, afirmou que “o legado do número um da revista está cumprido e Francisco Tavares Proença Júnior estará orgulhoso”.
Na apresentação realçou que “entre estes artigos notam-se paixões comuns, que são o território e a identidade”, fazendo de seguida um resumo dos textos que integram a revista e que se dividem por três separadores, que são Saberes, Territórios e Matérias e Letras e Memórias.
Noutra abordagem, Humberto Rendeiro, depois de realçar que “não estou aqui para fazer críticas”, foi adiantando que lamenta que “um museu com este potencial não esteja em grande medida a cumprir aquilo que é a sua missão”, assegurando inclusive que “é um museu que está aquém do que é o seu potencial, daquilo que pode crescer no contexto da museologia nacional”.
Humberto Rendeiro, que nesta edição da revista apresenta o artigo A preservação da memória através dos museus e da museologia, referiu-se à sua parte final, onde se pode ler que “compete aos museus e à museologia, numa estreita ligação com a sociedade e o território, preservarem os testemunhos e vivências da passagem do homem pelo tempo. A essa ação está implicada o perpetuar das memórias. Sejam elas pessoais ou coletivas, mas com o mesmo propósito: demorar a irreversível passagem do tempo”.
Tudo, para concluir com um desejo, no sentido que “este museu se transforme naquilo que merece ser: um grande museu nacional”.
E foi com este pano de fundo que Pedro salvado afirmou que “um bom amigo do Museu tem que ser sempre uma pessoa com inquietações”, para mais à frente sublinhar que “!o Museu é uma matéria de inquietação”.
Pedro Salvado que, de seguida, perguntou “onde está o poder, nestas atividades, a autarquia” e revelou que “até ontem (sexta-feira, 3 de março) estivemos à espera de autorização para virmos à nossa casa”. E focado na municipalização do Museu questionou se “o dono quer que seja uma casa aberta à comunidade ou outra coisa”, aproveitando, de caminho, para alertar, em relação ao Jardim do Paço Episcopal, que “a Cascata de Moisés está em perigo eminente de derrocada”.
Outra chamada de atenção partiu de Lopes Marcelo, ao avançar que o “Museu comemora dia 17 de abril o aniversário da sua criação”, para alertar que “o busto do seu fundador, instalado na Praça Rei D. José, continua sem nenhuma referência a esse facto”.
António Tavares

08/03/2023
 

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