NO PRÓXIMO SÁBADO
Jornadas de Arqueologia do Fundão abordam Os Tempos na Paisagem
A Câmara do Fundão organiza, no próximo sábado, a partir das 9h30, na Sala de Imprensa, no Casino Fundanense, as Jornadas de Arqueologia, que têm como principal objetivo apresentar o balanço dos trabalhos realizados, nos últimos anos, no Concelho do Fundão. As Jornadas são subordinadas ao tema Fundão - os tempos na paisagem e apresentarão uma abordagem dos ritmos, atores, problemáticas, sítios e cronologias que pautaram a investigação no território Fundanense. Refira-se que o Concelho do Fundão detém um saliente património arqueológico que merece uma atenção particularizada e continuada sendo fundamental a criação de condições para a promoção do seu estudo, conhecimento e divulgação numa perspetiva nacional e internacional.
Nas Jornadas será homenageado o historiador Joaquim Candeias da Silva, o engenheiro David Caetano e o Clube de Arqueologia do Fundão, fundado nos anos 70 do século passado, na pessoa José Paulo Duarte, cujo contributos foram fundamentais para a preservação e desenvolvimento da arqueologia no Concelho.
Os trabalhos serão apresentados pelos investigadores André Gadanho, Carla Ribeiro, Carlos Banha, Constança Santos, Ginevra Coradeschi, Joana Bizarro, José Paulo Duarte, Marta Diaz-Guardamino, Michael Mathias, Nuno Barraca, Pedro Almeida, Pedro Batista, Pedro Salvado, Pilar Reis e Raquel Guimarães e Carlos Banha.
A iniciativa incluirá ainda o lançamento da obra Bibliografia das Cidades Romanas da Lusitânia em Território Português, de Filomena Barata, apresentada por Armando Redentor, da Universidade de Coimbra, e por Elisabete Robalo, arqueóloga da Câmara de Belmonte.
Para Pedro Salvado, diretor do Museu do Fundão, “estas jornadas apesar de se assumirem como território operativo a atual geografia municipal Fundanense querem também ser uma ponte para o surgimento de iniciativas que rompam com essas fronteiras. Em arqueologia e a consequente defesa e estudo do património, os limites municipais contemporâneos apenas podem separar vontades em desenvolver ou não política comuns de preservação do património cultural da Beira. No passado eram outras as fronteiras”
Pedro Salvado acrescenta que “é urgente esta transversalidade de problemáticas e complementaridades dos poucos técnicos das áreas da arqueologia, da história e do património, desenvolvendo objetivos comuns. Desejamos avançar com um velho projeto de elaboração da Carta patrimonial da Serra da Gardunha, quiçá das paisagens mais ameaçada no território da Beira Baixa, e para tal temos de unir esforços e identificar colaboradores verdadeiramente empenhados em devolver o património às comunidades. Nas jornadas vamos ouvir e ver para continuarmos o caminho do futuro”.