António Tavares
Editorial
O final do mês de agosto está mesmo aí à porta. Ou seja, está praticamente no final a época do ano que, em bom Português, é definida como a estação tonta, porque pouco acontece, uma vez que a esmagadora maioria das pessoas aproveita para gozar férias, ficando tudo a funcionar a meio gás.
Depois de um período de descanso para retemperar forças, no qual os que puderam, porque os tempos são difíceis, rumaram ao Litoral, à praia, é agora chegado o momento de retomar o ritmo habitual do dia a dia. É o tempo de regressar às rotinas seguidas ao longo de todo o ano.
Um regresso que, certamente, é feito com a esperança que tempos melhores venham aí, num país e num Mundo que apesar de cada vez mais evoluídos, também são cada vez mais um desafio, nada fácil, para se viver ou, em muitos casos, sobreviver.
As guerras não acabam e ameaçam inclusive ganhar maior dimensão, a economia passa pelos tempos conturbados que são conhecidos de todos e devido a estes e muitos outros fatores a Humanidade vive tempos cada vez mais difíceis, nos quais o ódio, a intolerância, a exclusão, a violência vão ganhando terreno e os humanos são cada vez menos humanos, num desprezo, que já não é escondido, pelo mais importante, que é a vida humana.
Mas nem tudo será mau e contra um mundo dominado pelos interesses de alguns ainda há a esperança, sempre a esperança, que como é habitual dizer-se nunca morre, que tempos melhores virão. Por isso, façam o favor de lutar por ser felizes.