Edição nº 1888 - 26 de março de 2025

PATENTE NO CCCCB ATÉ 18 DE MAIO
No Espelho da Realidade dá a conhecer a Beira Baixa de outros tempos

A exposição No Espelho da Realidade, de Antonio Cezar d’Abrunhoza, foi inaugurada no passado sábado, 22 de março, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), onde ficará patente até 18 de maio.
A coleção apresenta fotografias a preto e branco, pertencentes ao enorme espólio fotográfico de Antonio Cezar d’Abrunhoza (1881-1941), figura incontornável da história da fotografia na Beira Baixa nas primeiras décadas do século XX. O seu espólio significativo, na posse dos herdeiros, atinge cerca de 13 mil negativos.
A exposição no CCCCB contempla 60 fotografias, selecionadas pelo investigador Leonel Azevedo, que retratam o quotidiano e os costumes do Interior de Portugal, capturando, sobretudo, momentos autênticos da vida rural nos anos compreendidos entre 1920 e 1941, como os campesinos no desempenho das atividades agrícolas, grande parte delas exercidas sazonalmente nas herdades de Castelo Branco e de Tinalhas.
Antonio Cezar d’Abrunhoza tinha um enorme gosto pela fotografia, adotando-a como hobby. Apesar de fotógrafo amador, possuía um estúdio em casa, onde guardava milhares de fotografias em caixas, revelou o seu neto, António Abrunhosa, presente na inauguração.
Apesar de “pessoa discreta”, as suas fotografias constituem “um testemunho relevante do que a cidade foi” e António Abrunhosa mostrou-se muito contente pelo “entusiasmo” revelado pela Câmara de Castelo Branco em realizar esta exposição.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, destacou que se trata de “fotografias do nosso território, com bastante qualidade, tiradas por um Albicastrense, que retratam episódios da nossa sociedade” e acrescentou que “este extraordinário acervo documental é importante para nos recordarmos daquilo que nos caracteriza enquanto povo e comunidade”.
Leopoldo Rodrigues aproveitou a ocasião para esclarecer que o CCCCB “tem sofrido alguns problemas estruturais, nomeadamente na claraboia”, devido a infiltrações de humidade na estrutura, motivo que tem condicionado a presença de exposições na sala principal.
Por isso, a Câmara procurou encontrar uma solução e já adjudicou a substituição da claraboia e o arranjo do teto da sala principal, com Leopoldo Rodrigues a destacar que trata-se de uma “intervenção delicada, pela dimensão e pelo local” e que “carece de condições climatéricas adequadas para que se possa efetuar”.
Leopoldo Rodrigues informou, ainda, que “estamos a organizar outra exposição, que deverá estar patente no início do verão, que é do nosso arquiteto José Manuel Castanheira, que apresentará a sua cenografia”.

26/03/2025
 

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