A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco (AHBVCB) dispõe de um novo veículo especial de combate a incêndios, equipado com tecnologia de ponta e com material de escoramento, com valências para incêndios urbanos, industriais e para a atuação da interface nos incêndios florestais.
A entrega da nova viatura teve lugar, dia 24 de setembro, no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco, com o presidente da AHBVCB, Dâmaso Rito, a realçar que “este é um dia importante e significativo”, uma vez que “o veículo de combate a incêndios é uma mais-valia, que vai permitir que os nossos operacionais continuem a desempenhar a missão que lhes está confiada, em defesa das nossas populações e dos seus bens”.
Dâmaso Rito explicou que a viatura foi objeto de uma candidatura ao Programa Regional do Centro - Centro 2030, tendo sido adjudicada por 437.400 euros e financiado em 85 por cento do valor, ou seja, 371.790 euros, sendo os restantes 15 por cento, 65.610 euros comparticipados pela Câmara Municipal de Castelo Branco.
Por outro lado aproveitou a ocasião para referir que a Associação “conta com 114 operacionais, dos quais 54 são trabalhadores da Associação, com formação e especialização em diversas áreas” e avançou que até 31 de agosto deste ano os Bombeiros foram solicitados pelo Instituo nacional de Emergência Médica (INEM) para 4.731 emergências, numa média de 19,47 por dia, e combateram 72 incêndios urbanos, industriais e rodoviários, e 98 incêndios rurais, de mato e agrícolas.
Em relação aos dois incêndios que deflagraram este verão no Concelho, nas freguesias de Almaceda, São Vicente da Beira e Louriçal do Campo, desde 18 de agosto com operações até 3 de setembro, Dâmaso Rito revelou que os Bombeiros estiveram presentes com 60 viaturas e 194 bombeiros; na Freguesia de Santo André das Tojeiras, desde 12 de setembro com operações até 17 de setembro, estiveram presentes com 22 viaturas e 63 bombeiros.
Presente na cerimónia, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno, realçou a importância de “perceber a utilidade dos fundos comunitários, ao serviço da população”, para adiantar que “esta é uma aquisição importante para a proteção das populações, com equipamento sofisticado. Era bom que não fosse preciso ser utilizado, mas infelizmente isso é uma utopia, assim, desejo que ele esteja preparado para ajudar os Bombeiros em todas as situações”, referiu, reconhecendo que “Castelo Branco é um território frágil” no que respeita aos incêndios, “que assolam o território todos os anos”, e elogiou o trabalho desenvolvido pelos bombeiros, uma vez que “têm feito aquilo que é possível fazer-se, tendo como prioridade a proteção de pessoas, casas e bens, evitando maiores danos”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, referiu-se “aos dias difíceis vividos em agosto, com os incêndios, onde os Bombeiros de Castelo Branco estiveram no combate às chamas praticamente sozinhos devido à indisponibilidade de outras corporações que estavam a combater outros fogos no País”.
Leopoldo Rodrigues, destacou “a competência, qualificação, disponibilidade e prontidão” dos Bombeiros que de “forma eficaz defendem a população, não só durante os incêndios, mas numa imensidão de intervenções”. Por isso, “o novo veículo de combate aos incêndios, que já estava sinalizado há algum tempo, está equipado com equipamentos de última geração, baseados nas necessidades do corpo de bombeiros”.
Por considerar que “são uma estrutura importantíssima”, a Câmara apoia os Bombeiros e, como resultado de um protocolo que regula a forma como este apoio se processa, “todos os anos se faz a atualização do apoio, de acordo com o acerto dos salários, ou seja, o apoio que a Câmara atribui, acompanha o aumento dos salários da Função Pública”. Desta forma, em 2021, o apoio atribuído foi de 320 mil euros, subindo consecutivamente todos os anos, atingindo os 470 mil euros este ano.
Leopoldo Rodrigues também referiu o Regulamento de Concessão de Benefícios Sociais aos Bombeiros Voluntários, recentemente aprovado e já em vigor, que estabelece um conjunto de apoios e regalias aos Bombeiros Voluntários e respetivo agregado familiar, como seguros de acidentes pessoais, reembolso parcial do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), subsídio anual de apoio à renda de primeira habitação, atribuição de comparticipação de despesas com medicamentos e atribuição de prémios anuais.
O autarca referiu-se ainda ao heliporto localizado no quartel dos Bombeiros de Castelo Branco, que não tem licença, “estando a ser criadas as condições necessárias para o licenciamento acontecer”. O projeto para a sua reformulação já está concluído e engloba “um conjunto de intervenções relacionadas com a reconfiguração da pista, pintura e iluminação”.

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