Pedro Salvado distinguido pela Salamanca Ciudad Capital de Cultura
O investigador Pedro Salvado foi distinguido pela organização Salamanca Ciudad Capital de Cultura pelo seu trabalho e contributo excecional dado à cooperação cultural transfronteiriça. A distinção foi entregue durante a cerimónia integrada no Encuentro de Poetas Ibero-Americanos.
O reconhecimento ao investigador Albicastrense sublinha “a exigência, a generosidade e a capacidade estratégica demonstrada na construção de uma das mais singulares pontes de cooperação, que tem sido edificada ao longo dos anos e tanto tem contribuído para o diálogo cultural que consolide pontes de entendimento entre territórios.
Ligado à fundação do Centro Cultural Raiano, de Idanha-a-Nova, em 1997, Pedro Salvado é docente, museólogo e arqueólogo social e encontra-se associado à assessoria autárquica nas áreas da cultura e do património cultural da Beira Baixa. É autor de dezenas de estudos nas áreas da Arqueologia, Etnografia, História da Arte e Património Local. Doutorado em História – Ciências Sociais, é diretor e coordenador científico da rede museológica Fundão: Museu e Casas e Lugares do Sentir, da Câmara do Fundão. Desde a década de 1980 até à atualidade, estruturou encontros, exposições de arte, mesas-redondas e congressos de História, Arqueologia, Museologia, bem como ações de divulgação literária e poética que aprofundaram o eixo de união cultural transfronteiriça com a Extremadura espanhola (Cáceres) e com a região de Salamanca. Comissariou e orientou dezenas de projetos expositivos e de investigação académica. Organizou e codirigiu diversas antologias de poesia, entre as quais Palavras partindo-se (1999); Vento sombra de vozes/Viento sombra de voces (2004); Os rumos do vento/Los rumbos del viento (2005); Palavras de Vento e de Pedra (2006); Amado Amato (2012); Sombra branca, Blanca sombra (2013); Existência: a eterna lembrança feita – José Manuel Capelo (2013); Via Cruxis. Itinerário do sentir (2016); Jornadas (2018); O Sol é Secreto: poetas celebram Eugénio de Andrade (2019); Curas (2019); O sangue dos rios: poetas celebram Fernando Namora (2019); No cerco da Pandemia (2021); Inventário das Travessias (2023); O corpo do coração (2024). Coordenou ainda outras edições, como a revista Petrinia e os fólios de poesia Madeiro (cinco edições), divulgando autores de referência das poéticas espanholas e ibero-americanas contemporâneas. É o representante, em Portugal, do Instituto de Investigaciones Antropológicas de Castilla y León, unidade de investigação associada à Universidade de Salamanca.