PROGRAMA CONTINUA SÁBADO, NO PARQUE DA CIDADE
Festival Sete Sóis Sete Luas enche o Monte do Índio
O Festival Sete Sóis Sete Luas encheu o auditório ao ar livre do Monte do Índio, em Castelo Branco, na noite de domingo, com o espetáculo da Vibra-Sóis Orkestra, sob a direção musical do mestre Custódio Castelo que, recorde-se, é docente na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco.
Apesar do vento e da temperatura baixa, pouco habituais para uma noite de verão, o público não faltou à chamada e sob a Super Lua de agosto foi-se envolvendo na atuação, principalmente no último tema apresentado, Sodade, de Cesária Évora.
De resto, a noite terminou com o público a assumir o papel de protagonista, ao interpretar o tema popular do Alentejo, Rama.
Naquele que foi o primeiro espetáculo do Sete Sóis Sete Luas em Castelo Branco, estiveram em palco sonoridades bem diferentes, apresentadas por Jean-Marie Fréderic, do Sul de França, na guitarra; pelo português Carlos Menezes na viola de fado; Doris Otocan, da Croácia, na voz; Carles Denia, de Valência, na Sanfona e na voz; Giuseppe Alberti, da Toscana, no trompete; e Zé Black, de Cabo Verde, nas percussões.
O programa continua sábado, a partir das 21h30, no Parque da Cidade, com a Luasitania Orkestra, com a organização a adiantar que “as culturas luso-ibéricas encontram-se nesta nova produção do Festival Sete Sóis Sete Luas, numa fusão harmoniosa de ritmos espanhóis, portugueses e brasileiros. Uma série de instrumentos tradicionais, como a sanfona, o adufe e a gaita de foles, dialogam com aqueles clássicos e contemporâneos (contrabaixo, guitarra, percussões) na reinterpretação de temas musicais populares”.
Com a direção do espanhol Efrén López (oud, sanfona) vão estar em palco as portuguesas Sofia Neide (contrabaixo) e Joana Negrão (voz, adufe e gaita), o espanhol Aleix Tobias (percussões) e o brasileiro Ca cau (voz, guitarra).
O Festival conta ainda com um terceiro espetáculo, dia 30 deste mês, também a partir das 21h30, na Praça Académica, junto ao Museu Cargaleiro, na Zona Histórica da cidade.
Nessa noite estará em palco David Nieto, da Andaluzia, Espanha, com o baile flamenco. Um espetáculo em relação ao qual a organização adianta que David Nieto é um “bailarino maravilhoso, coreógrafo e professor que tem atuado na companhia de Sara Baras há muito anos. Agora, David Nieto começou a sua carreira a solo como diretor, coreógrafo, bailarino e professor”, sendo destacado que “o seu baile é um baile solitário e melancólico, que traça no ar os pressentimentos de um sentimento que é apenas vir a ser, um flamenco íntimo que assim poderia ser formado apenas na Andaluzia, província de Cadiz, fonte de incontestáveis talentos nesta arte”.
António Tavares