Presença garantida no Campeonato Nacional de Ralis 2015
Escuderia Castelo Branco organizou o melhor rali de 2014
O Rali de Castelo Branco, disputado a 17 e 18 de outubro, foi distinguido pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), como o melhor rali do ano, no que respeita às cinco provas nacionais que lutavam por esta posição, sendo que de fora ficaram as provas internacionais.
A prova organizada pela Escuderia Castelo Branco (ECB) obteve a melhor pontuação no Campeonato Nacional de Ralis, nos critérios avaliados pela FPAK, como a organização, o espetáculo, a logística e a segurança, somando 900 pontos e deixando no segundo lugar o Rali Vidreiro, com menos 11 pontos, e no último lugar do pódio o Rali Casinos do Algarve, com menos 16 pontos.
Uma pontuação tanto mais relevante se se tiver em linha de conta que a prova albicastrense foi a última do Campeonato, já com as classificações todas definidas, sem esquecer que este rali também marcou o regresso da Escuderia, passados 30 anos, à organização de provas para a categoria principal da modalidade.
Por tudo isto, o presidente da Escuderia, António Sequeira, afirma que tal “é muito bom, muito importante e um prémio motivador” e realça que “a Escuderia trabalhou muito para fazer um bom rali, apesar de ser a última prova e os campeonatos já estarem decididos”.
António Sequeira afirma que esta distinção também é importante, porque “vem dar retorno a todos os que investiram no rali, desde parceiros a patrocinadores, passando pelos colaboradores, que assim veem reconhecido o seu esforço”, ainda por cima, porque “Castelo Branco, sem estar no Litoral ou no centro das decisões, conseguiu este importantíssimo prémio”.
O facto de ter obtido a melhor pontuação, no entanto, tem outros reflexos.
António Sequeira afirma que “não queríamos ser a última prova do Campeonato”, com todas as consequências daí resultantes e revela que como resultado da classificação obtida, no próximo ano o Rali de Castelo Branco “será a terceira prova do Campeonato”.
Assim, a prova albicastrense sairá para a estrada no final de abril (dias 24 e 25) ou no início de maio (dias 1 e 2), sendo que a calendarização definitiva está agora na fase negocial.
O que já é garantido é que a prova continuará a ser disputada em asfalto, por “ser mais económico e por ser mais fácil de fazer do que se fosse de terra”.
Por outro lado também é ponto assente que “o rali será idêntico ao deste ano”, mantendo-se, entre outros, a superespecial noturna e a centralidade no coração da cidade, sendo realçado que a prova “tem um potencial enorme para espetáculo”.
Ainda com a calendarização no centro das atenções, António Sequeira avança que “defendemos junto da Federação que pela pontuação no Campeonato é que devia ser feita a atribuição das datas das provas, sendo a organização da prova mais pontuada a primeira a escolher a data da realização da sua prova e por aí adiante”, claro está sem deixar de lado um aspeto importante que tem a ver com o facto “de haver datas de provas que estão enraizadas”.
Tudo isto para reafirmar que “à Escuderia não interessa ter a última prova do Campeonato, quer pelo facto dos campeonatos geralmente estarem decididos, quer pela condicionante do tempo, que é mais instável nos últimos meses do ano”. Uma área em que frisa ainda que num campeonato com oito provas, “a terceira, como é a nossa, e a quarta, são as provas que têm mais condições para ter o ponto alto dos pilotos”, não deixando de ter em atenção que “a nossa é a segunda prova em asfalto, a primeira é a de Guimarães, e, assim, os pilotos chegam a Castelo Branco com as especificações dos carros já afinadas para esse tipo de piso”, ao que acrescenta que “como a nossa prova é distante da seguinte, temos todas as condições para ter um bom rali”.
Troféu Clio com porta aberta
O Rali de Castelo Branco, segundo notícias vindas a público, consta da lista de provas do troféu de ralis europeu que a Renault vai desenvolver no próximo ano, desde que a prova albicastrense fosse disputada em outubro.
Claro está que tudo indica que com a realização da prova albicastrense no final de abril ou no início de maio, esta deixa de reunir a condição obrigatória.
Confrontado com esta situação, António Sequeira afirma que “preferimos não fazer a prova outubro” e adianta que “até à data não tivemos nenhum contacto oficial, no que respeita a esse troféu”.
Mas não deixa a porta fechada, uma vez que “da nossa parte vamos oferecer a data que temos, para termos cá o troféu”, porque “estamos abertos a todas as soluções para aumentar o número de participantes na nossa prova”.
Adianta que “estou em contacto com eles, para perceber como as coisas funcionam”, não escondendo que o troféu é importante, porque significava “a internacionalização da nossa prova”.
Isto embora este não seja o único caminho para internacionalizar o Rali de Castelo Branco, com António Sequeira a revelar que essa internacionalização pode ser feita com Espanha, que está mesmo aqui ao lado. Nesse sentido, “estamos a negociar com as federações espanholas, para eles poderem fazer contar a nossa prova para os respetivos campeonatos deles”.
Quanto ao troféu de ralis da Renault refira-se que será dividido em áreas geográficas, que respeitam à Bélgica, Itália, França, Espanha e Alpes, cada uma delas com cinco ralis, a que havia a possibilidade de se juntar ainda o Rali de Castelo Branco, como prova internacional.
Neste troféu, os pilotos que somarem mais pontos em cada uma das áreas, alinharão numa final a disputar no Rali de Monte Carlo de 2016, apurando-se assim o vencedor, que receberá como prémio a possibilidade de participar em seis provas do Mundial de Ralis, aos comandos de um Renault Clio R3T da Renault Sport.
Rali Fim de Ano é no sábado
A Escuderia organiza sábado o tradicional Rali Fim de Ano, que tem como palco as Sarzedas.
A prova tem início marcado para as 9h30, com o final previsto para as 13 horas, depois dos participantes percorrerem por três vezes uma classificativa de 11 quilómetros de extensão, denominada Salgueiral/Gata, com os troços cronometradas a somarem 33 quilómetros.
António Sequeira afirma que com a tipologia desta prova o público “pode ver os caros passar de hora a hora” e acrescenta que estão inscritos 50 participantes, dos quais “60 a 70 por cento são de fora da Região, o que prova que a Escuderia consegue trazer pessoas mesmo para esta prova, que não conta para campeonato nenhum”.
A entrega dos troféus realiza-se nas Sarzedas, mas a festa continua à noite, com o jantar de encerramento das comemorações da coletividade, que decorrerá na discoteca República.
Uma iniciativa que entre outros objetivos pretende “homenagear todos os pilotos e navegadores sócios da Escuderia, que tenham participado nestes 50 anos em provas dos campeonatos nacionais” adiantando que o total “são entre 120 e 130”.
António Sequeira afirma que as inscrições para o jantar “já estão fechadas, porque atingimos o máximo da lotação, 500 pessoas,” e realça que “as pessoas estão cá, porque gostam”, para sublinhar que “o ano das comemorações das bodas de prata foi um ano fundamental para a Escuderia”, concluindo que “trabalhamos sempre em prol da Região, do público, dos sócios, dos pilotos e dos navegadores”.
António Tavares