29 de outubro 2014

COLÓQUIO DE DOIS DIAS HOMENAGEIA VIDA E OBRA DE ANTÓNIO SALVADO
“Nunca pensei ficar a gostar tanto da minha vida”

“Nunca pensei ficar a gostar tanto da minha vida”. Foram estas as poucas palavras proferidas pelo poeta albicastrense António Salvado, no colóquio que sexta-feira e sábado, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, homenageou a sua vasta obra poética e vida.
A frase foi proferida por António Salvado ao início da noite de sábado, já no encerramento do colóquio, que terminou com a apresentação dos dois volumes da antologia Extenso Continente, publicada pela RVJ – Editores e que reúne mais de 200 poetas de todos os continentes, em homenagem ao poeta albicastrense. Uma afirmação que, diga-se, surpreendeu os participantes no colóquio, que responderam com rasgados sorrisos e um coro de palmas.
Antes disso, claro está que António Salvado esteve no centro das atenções ao longo dos dois dias e logo na sessão de abertura, realizada sexta-feira de manhã, Alfredo Pérez Alencart começou por afirmar que este “é o merecido tributo a um grande poeta português, que é nosso amigo, mas essa amizade não nubla dizer que é um grande poeta”.
Acrescentou que “estamos aqui felizes, num abraço fronteiriço ibérico, em que estamos como siameses no berço”, para garantir que “viemos, sabendo que éramos privilegiados”.
Os elogios foram também uma constante na intervenção do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia, que saudou a “Câmara de Castelo Branco por elogiar o poeta António Salvado”, naquela que considerou “uma homenagem mais que merecida”.
Carlos Maia recordou ainda que António Salvado “é um poeta, ensaísta, crítico e tradutor que se distinguiu em todas estas áreas, com uma obra com mais de meio século”, encerrando a sua intervenção com a leitura do poema Homenagem ao Poeta, de Rosa Melo.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, fez questão de realçar que António Salvado “é um grande poeta, que é um património que nós temos”, confessando “a amizade e carinho que sinto por ele”.
Luís Correia recordou que “ainda no outro dia fomos a uma homenagem a Salamanca, Espanha”, onde também foi apresentada a antologia Extenso Continente e “onde tive a oportunidade de conhecer o reconhecimento que António Salvado tem em Salamanca e noutras terras”. Por isso, o autarca destaca que António Salvado “é um poeta de Castelo Branco. É um poeta do Mundo, há muito tempo e nós compartilhamos o poeta António Salvado também com Espanha”, para concluir que “importa unir os dois lados da fronteira e António Salvado tem essa grandeza”.
Luís Correia avançou ainda que “a obra de António Salvado é uma obra com muita serenidade, sem grandes publicidades”, para defender que “com grande serenidade construiu uma grande obra”.
Numa alusão poética o presidente da Câmara de castelo Branco afirmou que “sinto muito orgulho nos sedosos fios do Bordado de Castelo Branco”, um dos ex-libris da cidade, para sustentar que “também sinto muito orgulho nestes sedosos fios da poesia de António Salvado”.
Motivos que o levam mais longe ao assegurar que “a obra de António Salvado nunca morrerá e ele nunca morrerá” e acrescentar que “outros livros da sua autoria estão preparados e a Câmara tem todo o prazer em apoiar a publicação de todos os livros de António Salvado”.
Ainda na sessão de abertura do colóquio, Paulo Samuel fez questão de deixar bem claro que a iniciativa era “uma homenagem na figura do poeta” e destacou a inseparável ligação de António Salvado “à cultura e às letras portuguesas”.
Depois, ao longo dos dois dias do colóquio, foram muitos os painéis de comunicações sempre com o mesmo ponto de partida, António Salvado, havendo no entanto a destacar alguns momentos altos do programa, como a inauguração da exposição bibliográfica e documental dedicada a António Salvado, assim como o momento musical pelo Ensemble João Roiz, com a leitura de poemas e a apresentação de vídeo poemas, que teve como palco o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB).

26/10/2014
 

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