5 de novembro 2014

Grupo de 40 engenheiros visita Parque Eólico do Pinhal Interior
Produção de energia é equivalente ao consumo doméstico de 155 mil habitantes

O presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Engenheiros do Sul (OERS), Carlos Aires, referiu, quinta-feira, durante uma visita técnica de um grupo de 40 engenheiros ao Parque Eólico do Pinhal Interior, em Proença-a-Nova, que a energia eólica tem um peso “muito importante” na produção energética nacional e que no futuro, irá trazer riqueza acrescida para o País.
“A energia eólica tem tido um crescimento exponencial. Tem hoje um peso muito importante na produção energética nacional e vai certamente continuar. Digamos que, é um futuro que está ainda por desbravar, vai ter desenvolvimentos grandes e trará riqueza acrescida ao País”, disse Carlos Aires.
Sobre a visita ao Parque Eólico do Pinhal Interior, a convite da administração da Generg, este responsável, referiu que a iniciativa está inserida nas ações que a OERS promove junto dos seus membros, “para divulgar aspetos não só relevantes para a engenharia, mas também para a economia nacional e que são de interesse”.
Carlos Aires sublinhou ainda que a questão da energia eólica em Portugal é um tema que está na ordem do dia.
“Tem tido um crescimento muito significativo, as tecnologias evoluíram, a capacidade da indústria tecnológica nacional evoluiu e os engenheiros gostam de estar informados sobre o melhor que se faz e, sobretudo, sobre os contributos que hoje a energia eólica tem no panorama da produção energética do País”, sublinhou.
Para o responsável da OERS, trata-se de uma matéria que, “apesar de tudo, é relativamente nova” e que “tem tido uma evolução muito grande”, pelo que considera natural que os engenheiros, para além do acompanhamento que fazem, “tenham a curiosidade em perceber como é que estas coisas funcionam e se inserem na produção energética nacional”.
“Portugal é um país favorecido no aspeto da eólica e tem ainda zonas por explorar. A evolução que houve (na eólica), permite que hoje nos mesmos locais, com novas tecnologias, se possa otimizar a produção”, adiantou.
Carlos Aires referiu também que a indústria e o arranque da economia, “dependem muito” da energia.
“Há uma queixa grande dos custos que a energia tem. É bom que os portugueses olhem para estas realidades como parte de uma solução para que Portugal possa continuar a produzir cada vez mais energia e, sobretudo, diminuir a dependência do exterior, para que possamos ser competitivos em relação aos custos energéticos”, concluiu.
O Parque Eólico do Pinhal Interior é um dos maiores projetos eólicos nacionais e abrange os concelhos de Proença-a-Nova, Oleiros, Sertã e Vila Velha de Ródão, onde estão instaladas 64 turbinas eólicas.

Parque produz o equivalente
a 155 mil habitantes
O presidente da Generg SGPS explicou, durante a visita, que esta se justifica pelo facto de a Generg ser “um repositório notável de conhecimento na área da engenharia e, portanto, susceptível de suscitar o interesse da engenharia que se verifica com esta visita”.
João Bártolo sublinhou ainda que a Generg é uma empresa importante da área das energias renováveis em Portugal, que surgiu bem cedo quando a legislação portuguesa, em 1988, criou condições para que atores privados pudessem intervir neste setor.
Em relação ao Parque Eólico do Pinhal Interior, explicou que “quando começamos a olhar para a eólica, assumimos na nossa génese a missão de apoiar o desenvolvimento do País e, concretamente, do Interior do País”.
“Queríamos não só construir parques e produzir eletricidade, mas queríamos que o nosso empenhamento neste projeto pudesse ser também portador de desenvolvimento para o Interior do País. Foi esse o desafio que aceitamos quando olhamos para as regiões das beiras no seu conjunto que tinha um recurso que reconhecíamos, extremamente rico e limitações que passavam pela inexistência de redes elétricas que permitissem o escoamento da energia elétrica que viéssemos aqui produzir”.
João Bártolo referiu que a empresa não desistiu e adiantou que aquilo que decorreu da proposta empresarial da Generg, é que tínhamos que fazer investimentos muito importantes em redes elétricas e se o tínhamos que fazer porque não existiam aqui com dimensão suficiente para acomodar a produção de energia, estávamos condenados a ter grandes parques eólicos”.
Daí que este parque é o maior que a Generg tem e um dos maiores do País.
O Parque Eólico do Pinhal Interior produz anualmente 336 gigawatts/hora de energia renovável e evita a importação de 110 mil toneladas de fuel e uma emissão de 194 mil toneladas/ano de CO2.
O projeto, que arrancou em setembro de 2004, implicou um investimento de 154 milhões de euros e iniciou a produção de energia eólica em dezembro de 2005. Contudo, só ficou totalmente concluído em junho de 2007.
Com uma potência instalada de 146 megawatts (MW), as 64 turbinas eólicas produzem 336 gigawatts/hora (Gwh) por ano, o equivalente ao consumo doméstico de 155 mil habitantes.
O Parque Eólico do Pinhal Interior tem ainda um importante papel na economia local.
A título de contrapartidas locais, a Generg distribui anualmente pelas autarquias um valor próximo dos 725 mil euros.
A este montante pago às câmaras municipais é acrescido ainda um pagamento de contrapartidas pelas juntas de freguesia, para a concretização de obras de interesse social estimado em 1,8 milhões de euros.
A empresa paga ainda rendas anuais aos cerca de 400 proprietários rurais dos terrenos onde está implantado o projeto, no valor de 300 mil euros.

04/11/2014
 

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