Organização do Cancioneiro de Castelo Branco
Folk Cidade de Castelo Branco é no sábado
O Grupo Típico O Cancioneiro de Castelo Branco organiza sábado, a partir das 21 horas, no Centro Cívico de Castelo Branco, o Folk Cidade de Castelo Branco 2014, sob o mote Na Rota das Tradições dos Povos.
Esta iniciativa, que antes tinha o nome de Festival Internacional de Folclore Cidade de Castelo Branco, irá contar com as atuações do Grupo Típico O Cancioneiro de Castelo Branco, do Grupo Folclórico e Etnográfico de Belide, de Condeixa, do Grupo de Danças e Cantares de Nossa Senhora do Guadalupe, da Maia, do Rancho Folclórico dos Soutos, de Caranguejeira, e ainda do Grupo Folklórico Antonete Galvéz, de Murcia, Espanha.
Para além deste evento, o grupo de Castelo Branco comemora também este ano, a 23 de novembro, o seu 10º aniversário. Adelino Carrilho, presidente da direção informa ainda, que nessa altura irá também decorrer o já habitual espetáculo etnográfico, que este ano se realizará a par de uma exposição patente de “quase todo o património do grupo”, na Sala da Nora.
Para além disso “uma lacuna desta casa” vai ser resolvida com a apresentação oficial da bandeira, que contará com o escudo da cidade, o casal de malpiqueiros, por ser o que é “mais divulgado e também o que tem mais destaque”, e a cor vermelha devido “à cor da nossa bandeira, mas também como o símbolo do calor da nossa paixão, na defesa dos nossos valores etnográficos” e por ser também “uma cor quente e cor do sangue que nos dá força para lutar sempre, mais e melhor por estas causas”. Adianta ainda que a bandeira poderá ser apresentada no Folk Cidade de Castelo Branco.
O grupo, com cerca de 35 membros, tem recebido, ao longo dos anos, sucessivos convites internacionais, que rejeita muitas das vezes por falta de meios. Todavia, Adelino Carrilho destaca a ultima deslocação, nos dias 12 e 13 de julho, à Ciudad Real Miguelturra, onde participaram no festival internacional e que foi, no seu entender, “o culminar e uma sensação de alegria e de grande realização do nosso trabalho”. Considera ainda, que embora num contexto difícil, onde os apoios são “cada vez mais escassos”, há que ressalvar “o grande apoio da Câmara e da Junta de Freguesia de Castelo Branco”, vital para o grupo, e também o apoio do Instituo Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano (AEAL).
Por fim, no entender de António Carrilho, este grupo, “foi uma criança que cresceu e que logo se tornou adulta”, e que “presentemente” se apresenta como um dos grupos federados mais solicitados da nossa região.
Defende ainda que deve haver cada vez mais “rigor etnográfico” na construção das danças, trajes e cantares, onde a base deve ser a genuinidade “das nossas gentes”, pois “um povo que não tenha passado, não é povo”. Todos estes aspetos, contribuem para que o grupo albicastrense esteja atualmente no topo do folclore português, um motivo de “orgulho” e que “muito dignifica” todo o esforço e todo o trabalho desenvolvido.