13 de janeiro de 2016

Celeste Capelo
Onde estava no 25 de Abril?...

Parece estranho este título, mas os debates entre os candidatos (as) à Presidência da República, fizeram lembrar-me esta frase que ficou célebre na voz do saudoso jornalista Batista Bastos. E porquê?
Até agora tudo se resumiu a picardias de ordem pessoal; (…) porque não fez; (…) porque não apareceu; (…) porque omitiu; (…) porque acusou; (…) porque esteve sempre ao lado de; (…) porque muda de opinião frequentemente; (…) porque intriga; (…) porque eu é que tenho perfil; (…) porque eu tenho experiência…Etc., Etc.
Nada sobre Portugal.
Que rumo para o País? Que valores defendem de ordem social e económica? Que defendem para Portugal no contexto europeu? Qual o seu posicionamento em relação à fragilidade global no mundo, tendo em conta as ameaças de terrorismo, o acolhimento aos refugiados, à utilização de armas atómicas, à ecologia e ao ambiente?
Nada sobre estas questões. Estas sim importantes.
Depois, os apoios de cada candidato.
Uns são apoiados expressamente por partidos políticos. O PC apoia Edgar Silva e o BE apoia Marisa Matias.
Outro, Marcelo Rebelo de Sousa indicado por partidos políticos o PSD e o CDS, e outro ainda, acenado pelo mesmo partido político, o PS, conjuntamente com o PCTP-MRPP e o LIVRE apoiam Sampaio da Nóvoa. Maria de Belém também recebe “autorização” do líder do PS para que os seus militantes possam votar na sua candidatura. E, a propósito deste último apoio, ou seja, o PS indicando aos seus militantes para votarem ou em Maria de Belém ou em Sampaio da Nóvoa, parece-me coerente da parte do líder do PS e actual 1º Ministro. Senão vejamos:
- Na governação também tanto lhe faz. As medidas que tem de tomar têm de ser aprovadas, sejam elas apoiadas pelo PC, BE ou PSD e PS obviamente;
- Para a Presidência da República é igual, tanto faz um, como o outro. Não há diferença para o PS, apoiar aquela que foi Presidente do Partido, a Dra. Maria de Belém, ou apoiar o Prof. Sampaio da Nóvoa que, ao tempo, fez a sua experiência política na LUAR (Liga de Unidade de Acção Revolucionária), cujo PS foi um dos principais obreiros na contenção do período revolucionário (PREC), onde a LUAR teve um papel de destaque nas acções revolucionárias de ocupação de terras, de empresas, acções de saneamento de pessoas etc.
São estas incongruências que afastam os eleitores.
Daí que desejo que as eleições se resolvam na 1ª volta, pois mais um período de campanha entre dois, a ouvir discursos vazios e acusações, mais aumentarão a minha convicção de que a Monarquia é muito mais vantajosa, mais barata e mais representativa dos cidadãos.

13/01/2016
 

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