17 de fevereiro de 2016

COMISSÃO DE UTENTES DA A23 ENTREGA CARTA A PEDRO MARQUES
Ministro reafirma que abolição de portagens não está em cima da mesa

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, reafirmou, segunda-feira, em Castelo Branco, que não está em cima da mesa a abolição de portagens, mas adiantou que a solução poderá passar por uma redução dos valores.
“Nós estamos a estudar, a atualizar, a refazer estudos para criar uma solução que favoreça a mobilidade para o Interior que poderá passar, por alguma redução de portagens nas vias do Interior com fracas alternativas ou alternativas inexistentes, não estando em cima da mesa a abolição de portagens”, afirmou.
O governante adiantou que em breve deverá haver uma decisão sobre esta matéria.
“Espero que para breve haja esse tipo de soluções, mas como não encontrei os tais estudos concluídos, temos que estudar, para não tomar decisões precipitadas”, sustentou.
Pedro Marques respondeu desta forma ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que no sábado, afirmou em Castelo Branco, que tinha deixado pronta a revisão das portagens no sentido de fazer uma discriminação positiva para as vias situadas em áreas mais deprimidas economicamente.
O ministro das Infraestruturas sublinhou que o Governo não recebeu quaisquer estudos concluídos sobre essa matéria e adiantou que estão agora a ter que ser feitos, refeitos e atualizados em várias matérias”.
“O mais importante é que durante quatro anos nada foi feito a esse nível. Foram feitas muitas promessas em particular, na campanha eleitoral. Mas, concretização de medidas a favor da mobilidade do Interior ou a tal redução de portagens de que falaram, bom falaram mas depois não fizeram e tiveram quatro anos para fazer”, concluiu.

Comissão de Utentes
entrega carta
Momentos antes das declarações do governante aos jornalistas a Comissão de Utentes da A23 tinha entregue uma carta aberta a Pedro Marques, na qual reivindica a abolição das portagens naquela via que atravessa os distritos da Guarda, Castelo Branco, Santarém e Portalegre, e permite a ligação entre Torres Novas e a Guarda.
Um dos membros da comissão de utentes, Marco Gabriel, disse esperar por uma resposta do ministro e do Governo.
“Ficamos a aguardar por essa resposta e esperamos que vá ao encontro daquilo que o Primeiro Ministro, António Costa, disse durante a campanha eleitoral, que era necessário uma reavaliação das portagens”, sublinhou.
Este responsável disse ainda que a Comissão de Utentes quer dar um novo impulso à luta contra as portagens na A23 e adiantou que, consoante a resposta governamental à carta aberta, assim serão programadas novas ações de luta.
No documento entregue ao ministro Pedro Marques, a Comissão de Utentes refere que “a introdução de portagens na A23 veio destruir por completo a capacidade competitiva e produtiva das micro, pequenas e médias empresas do Interior, principalmente das regiões fronteiriças, aumentando irremediavelmente os custos de vida de populações e empresas, e levando a falências, despedimentos e desemprego”.
A Comissão adianta ainda que a introdução de portagens “carece de racionalidade económica” e argumenta que a receita das portagens “é inferior aos enormes prejuízos causados às economias regionais”.
“As portagens nas Scut são um erro económico que prejudica gravemente a economia, retira poder de compra ao povo e asfixia a situação financeira das empresas, provocando a falência de muitas e consequentemente aumenta o desemprego”, argumentam.
Por último, o documento refere que o desvio do trânsito rodoviário para as estradas nacionais e zonas rurais, causado pela introdução de portagens, “teve consequências trágicas nos domínios ambiental, de qualidade de vida e de sinistralidade rodoviária”.

17/02/2016
 

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