Social democratas preocupados com aumento dos combustíveis
Os deputados do Partido Social Democrata (PSD) eleitos pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Manuel Frexes e Álvaro Batista, estão preocupados com os aumentos dos combustíveis e, por isso, sexta-feira apresentaram na Assembleia da República um conjunto de perguntas ao ministro da Economia, questionando-o sobre que iniciativas é que tinham sido tomadas para estudar e corrigir as consequências para as regiões transfronteiriças, decorrentes do significativo aumento dos combustíveis.
Um aumento que, segundo os deputados, faz com que “um significativo número de residentes nas áreas fronteiriças e a quase totalidade das empresas de transportes, começaram a fazer o abastecimento de combustível em Espanha”, de onde resulta que “além das implicações diretas no volume de vendas das empresas revendedoras de combustível da fronteira, que com o previsível acumular de prejuízos acabarão em muitos casos por fechar e colocar no desemprego um significativo número de trabalhadores, no Distrito de Castelo Branco a deslocação à vizinha Espanha de milhares de pessoas, está a levar à aquisição não só de combustíveis, mas também de todos os bens, de primeira necessidade e outros, que seriam normalmente adquiridos no pequeno comércio das nossas cidades, vilas e aldeias”.
Perante isto os deputados do PSD perguntam se “o Governo está ciente das consequências nefastas que o recente aumento do imposto sobre os combustíveis está a ter nas regiões transfronteiriças, nomeadamente e entre muitos outros, nos concelhos de Nisa, Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Belmonte, Sabugal ou na Covilhã”, bem como se “já tem ou encomendou algum estudo sobre esta realidade”.
Igualmente questionado é se o Governo “já tem um plano de ação de curto prazo para compensar estes territórios, já de si débeis, relativamente às referidas consequências dos desproporcionados aumentos dos impostos sobre os combustíveis”, pretendendo ainda saber “que medidas estão a ser tomadas pelo Governo de forma a compensar estes territórios relativamente a esta questão” e se “no domínio fiscal está a ser pensada alguma medida visando assegurar que os combustíveis de um e de outro lado da fronteira serão comer-cializados por valores, senão idênticos, pelo menos aproximados”.