COM UM OLHAR PARA AS PORTAS DE RÓDÃO
Castelo do Rei Wamba é cenário de recriações históricas
A Câmara de Vila Velha de Ródão vai promover recriações históricas com base na lenda do rei Wamba nos primeiros fins de semana de abril, maio J junho.
O local escolhido é o Castelo do Rei Wamba, situado na margem Norte das Portas de Ródão, e toda a envolvente de natureza que o carateriza.
Os eventos realizam-se nos dias 7 e 8 de abril, 5 e 6 de maio e 2 e 3 de junho, decorrendo sempre nas tardes de sábado e domingo, entre as 13 e as 18 horas. Em cada tarde, terão lugar três teatralizações a partir da lenda do Castelo do Rei Wamba.
O acesso ao local será garantido por um autocarro disponibilizado pela Câmara e terá como local de partida a Casa de Artes e Cultura do Tejo. A presença de grupos deverá ser feita por marcação, através do endereço eletrónico [email protected].
Segundo a lenda, Wamba era um rei visigodo e senhor das terras da margem norte do Tejo, que reinou entre 672 e 680 e tinha como inimigo o rei mouro, que dominava a margem sul.
Na ausência do marido, a mulher de Wamba apaixonou-se pelo rei mouro e os dois namoravam sentados em cadeiras de pedra, cada um do seu lado do rio. Ora, para ir buscar a rainha cristã, o rei mouro escavou um túnel por baixo do Tejo, mas falhou os cálculos e o túnel saiu na escarpa sul, acima do nível da água. Ainda assim os amantes conseguiram fugir.
Descoberta a traição, o rei Wamba disfarçou-se de mendigo e foi ao castelo mouro, sendo reconhecido pela rainha adúltera que fingiu escondê-lo, apenas para depois o denunciar. Como último pedido antes da morte, Wamba rogou poder soprar o corno que trazia consigo. Era um sinal para que os seus filhos e respetivos soldados avançassem sobre o castelo mouro, conseguindo levar de volta a rainha, que, depois de julgada, foi condenada a ser atada à mó de um moinho e atirada a rebolar pela escarpa abaixo até ao Tejo.
Reza a lenda que, fruto da maldição da rainha, no sítio onde passou a pedra, nunca mais cresceu qualquer vegetação até aos dias de hoje.