António Tavares
Editorial
A música, em particular, e as artes, em geral, vão invadir a margem da Barragem de Idanha-a-Nova, a partir do próximo domingo.
Está de regresso o Boom Festival, que começa dia 22 e se prolonga até dia 29 de julho, trazendo até ao Interior do País milhares de pessoas, não só um pouco de todo o Portugal, mas também um pouco de todo o Mundo.
O festival bienal, que decorre a par da Lua Cheia e que é uma celebração da cultura alternativa, já é uma referência em termos de festivais de verão a nível mundial e, por isso, é com naturalidade que há muito tempo os bilhetes estão esgotados.
Durante uma semana, os boomers, na sua maioria jovens, vão viver em harmonia com a natureza, mas, vão também conviver, pontualmente, com uma população envelhecida, como é a do Interior de Portugal, particularmente a do concelho raiano de Idanha-a-Nova.
Esta é outra faceta proporcionada pelo Boom Festival. Uma faceta paralela ao festival e que traz vantagens para ambas as partes, a partir do momento que incrementa a interatividade entre grupos geracionais bastante diferentes, com essas diferenças a serem também muito vincadas no que respeita a referências culturais.
E é daí que surge uma riqueza até certo ponto inesperada, que valoriza ambas as partes, sem deixar de se poder ter em atenção que é inegável que o Boom Festival dá a conhecer esta região a nível mundial.
Ao longo de uma semana a música e a cultura alternativa são rainhas num espaço do País que se caracteriza por um conservadorismo tradicional, que lhe dá características muito especiais e únicas.