Joaquim Martins
Apontamentos da Semana...
COMEÇARAM AS AULAS! – O ano letivo começou quente como prometia. O verão ainda aí está em força e a luta dos professores ainda está acesa. Com os sindicatos a soprar as brasas. E a pesar os riscos da falhada negociação.
Os plenários em curso vão aprovar as propostas de greves e manifestações. Inúteis porque ineficazes e incompreensíveis para a maioria da população. Quem conhece os resultados do trabalho da Comissão Técnica que, supostamente, seriam revelados na reunião de 7 de agosto?
Apesar do ambiente físico e psicológico ser quente e desfavorável, as escolas abriram sem problemas significativos. As faltas de professores são as decorrentes do normal funcionamento de uma organização complexa, demasiado centralizada e as queixinhas que a Comunicação Social amplia são, nalguns casos, questões mesquinhas e irrelevantes (é o caso, por exemplo, da falta de manuais). A falta de pessoal é, na maior parte dos casos, um falso problema que os agrupamentos são capazes de resolver.
O que importa destacar é o que há de novo, no ano letivo que começa e que será o grande desafio do futuro: Ganhar autonomia. Para já, AS ESCOLAS PASSAM A SER RESPONSÁVEIS POR 25 POR CENTO DO CURRICULO. Ou seja, ganham autonomia e responsabilidade. Ganham espaço para a inovação e a transformação das práticas e dos conteúdos. É a oportunidade para projetos educativos que apostem em revolucionar a escola a todos os níveis: organização interna, horários, condições de trabalho e de aprendizagem, novos conteúdos.
É um ano que é uma oportunidade e um desafio. Exigente, mas estimulante. Para as lideranças, para os órgãos diretivos e consultivos, para as associações de pais, para os alunos.
Uma oportunidade e um desafio que exige a mo-bilização de todos e uma forte motivação dos professores. Que têm que querer construir a escola que ambicionam! Que têm que assumir responsabilidades e dar a cara pelos processos e pelos resultados. E pela avaliação!