Uma semana inesquecível – Portugal não vai esquecer a última semana de junho. Foi uma semana estimulante a várias níveis. O País viu o bispo de Leiria-Fátima ser elevado a cardeal; O vice-reitor da Católica, Tolentino Mendonça, ser nomeado para arquivista do Vaticano (o que também significa ser nomeado bispo residente!); António Vitorino ganhar a eleição para diretor geral da Organização Internacional para as Migrações. E tudo isto enquanto vibrava pela Seleção e esperava o jogo de sábado.
É verdade que a derrota teve um sabor amargo mas o prestígio da País, mesmo a esse nível, não foi afetado. Portugal esteve em alta. Mesmo na cimeira de Bruxelas que fez o frágil acordo sobre a emigração. Portugal esteve do lado certo da barricada. Há que ultrapassar divisões e arranjar soluções para o problema dos refugiados e das migrações.
A Igreja católica portuguesa tem razões especiais para lembrar a semana. O Papa Francisco escolheu dois colaboradores na Igreja Portuguesa: Dom António Marto que vai ser um dos novos auxiliares do Papa e Tolentino Mendonça que assume a responsabilidade pelos arquivos do Vaticano. Ambos sensíveis aos apelos do Papa. Basta lembrar as palavras de António Marto, na primeira missa, como cardeal: “Também nós, como seus discípulos, também a Igreja deve ousar abraçar e tocar, cuidar e curar a carne de Cristo nos mais frágeis, nos mais vulneráveis, nos mais pobres, em todos e todas aqueles que sofrem, nos doentes, nos sós, nos abandonados, nos prisioneiros, nos refugiados, nos excluídos, nos rejeitados, nos escravizados”. Ou lembrar O Elogio da Sede as reflexões que Tolentino Mendonça propôs, ao Papa e à Cúria Romana, nos exercícios espirituais da quaresma deste ano.
Uma semana para lembrar!

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