6 de março de 2019

ULS passa a dispor de hospitalização domiciliária

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) comprometeu-se a abrir este mês de março uma Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD), contando com a equipa de profissionais do Serviço de Medicina Interna do Hospital Amato Lusitano (HAL) e com oito camas de hospitalização domiciliária.
O modelo proposto para a Hospitalização Domiciliária da ULSCB através do Serviço de Medicina Interna, é um modelo misto, assente em transferências precoces das enfermarias médicas ou cirúrgicas, do Serviço de Urgência e da comunidade, através de protocolos a realizar com as unidades funcionais dos Cuidados de Saúde Primários ou setor social, após avaliação da equipa da Unidade de Hospitalização, que verifica se o doente cumpre os requisitos de internamento na UHD, nomeadamente a voluntariedade do doente e do seu cuidador, critérios clínicos, sociais e geográficos.
Quanto à tipologia dos doentes atendidos na UHD, estes profissionais de saúde tratam de doenças agudas como infeções, tromboses venosas, doenças crónicas descompensadas ou desenvolvem ações paliativas.
O compromisso de abrir uma UHD na ULSCB surge depois da secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, ter reunido com os conselhos de administração dos hospitais da Região Centro, dia 22 de fevereiro, em Coimbra, e ter chamado a atenção para a contratualização da carteira de serviços, acordada entre o Ministério da Saúde para 2019, com os hospitais portugueses do SNS, que define as características das Unidades de Hospitalização Domiciliária e plasma uma premissa básica que é que um doente com cuidados de saúde no seu domicílio nunca poderá estar numa situação de inferioridade assistencial quando comparado com um doente com características similares, internado num serviço do hospital.

O que é e quais as vantagens
da hospitalização domiciliária
Recorde-se que a hospitalização domiciliária surgiu como uma alternativa ao internamento hospitalar em meados do Século XX que com a evolução das sociedades modernas e a vertiginosa digitalização dos processos de saúde colocam-na como o eixo central da prestação de cuidados especializados do presente e do futuro. Para além da diminuição do consumo de recursos, o doente exige cada vez mais estar informado e ser participativo no seu próprio tratamento, aspetos intrínsecos a este modelo de assistência, assim como poder afrontar a sua doença ou recuperação na comodidade do seu lar.
A hospitalização domiciliária é um modelo assistencial em que se disponibilizam cuidados de saúde especializados no domicílio do doente.
Formalmente, define-se como um modelo de prestação de cuidados de saúde, capaz de disponibilizar um conjunto de cuidados médicos e de enfermagem de nível hospitalar, proporcionados por profissionais de saúde e recursos do próprio hospital, tanto em qualidade como em quantidade, aos doentes no seu domicílio, quando não precisam da infraestrutura hospitalar, mas ainda necessitam de vigilância ativa e assistência complexa.
Quanto às vantagens da hospitalização domiciliária passam por uma “maior comodidade para o doente, que recebe cuidados de saúde no seu domicílio; maior envolvimento do doente, que se sente menos doente, no seu domicílio e no seu ambiente. Isto faz com que a comunicação entre a pessoa cuidada, os seus familiares e os profissionais de saúde seja mais eficaz, o que facilita uma maior implicação na gestão da doença; sintonia com as tendências da prestação de cuidados de saúde originadas pela digitalização dos processos de saúde, como teleconsultas e telemonitorização, sem necessidade de recorrer às instituições de saúde; personalização dos cuidados de saúde mais intensa; participação ativa do doente no seu tratamento; libertação de recursos hospitalares, diminuição dos custos por doente, uma vez que apenas se consomem recursos de saúde e de deslocação, sem necessidade de manutenção alimentar e outros cuidados hoteleiros, nem dotação de camas; qualidade assistencial, pois os profissionais da hospitalização domiciliária são especialistas e prestam cuidados com as mesmas garantias de segurança dos restantes serviços de saúde; assegura a continuidade assistencial; e tem menor incidência de infeções hospitalares, diminuindo também o desenvolvimento dos quadros confusionais agudos logo, a necessidade de medicação neuroléptica nos doentes idosos e frágeis”.

06/03/2019
 

Em Agenda

 
07/03 a 31/05
Memórias e Vivências do SentirMuseu Municipal de Penamacor
12/04 a 24/05
Florestas entre TraçosGaleria Castra Leuca Arte Contemporânea, Castelo Branco
14/04 a 31/05
Profissões de todos os temposJunta de Freguesia de Oleiros Amieira

Gala Troféu Gazeta Atletismo 2023

Castelo Branco nos Açores

Video