PLANO PARA DESENVOLVER ATÉ 2023
PING PLOP ajuda a proteger o ambiente no Concelho
A Câmara de Castelo Branco apresentou, na passada sexta-feira, 22 de março, o Plano Municipal de Educação para a Sustentabilidade Ambiental do Município de Castelo Branco – PING PLOP – Comunidade Amiga da Sustentabilidade Ambiental, que se dirige preferencialmente à educação Pré-Escolar e ao 1º Ciclo do Ensino Básico e “pretende potenciar a diversidade dos contextos e das práticas em que se pode desenvolver a educação para a cidadania e, sobretudo, a distinção que importa efetuar relativamente às abordagens mais restritas do campo da educação ambiental e da cidadania”.
O Plano, para além da Câmara, envolve o Agrupamento de Escolas Amato Lusitano (AEAL), o Agrupamento de Escolas Nuno Álvares (AENA), o Agrupamento de Escolas de Alcains e Sapo Vicente da Beira, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), a Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco, a Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco, a Dinefer, a Valnor, a Auchan e o Alegro, sendo coordenado por José Pires.
Na apresentação do Plano, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, realçou que a “estratégia de desenvolvimento da autarquia tam-bém contempla a sustentabilidade ambiental”.
Com o envolvimento do Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico o autarca entende que tal pode criar “práticas que podem alavancar a educação e promover o sucesso escolar” e reforçou que “a sensibilização é mais um investimento nesta área”.
Luís Correia avançou que o Plano, ao longo dos quatro anos letivos em que decorre, vai abranger 7.600 alunos, 100 professores/monitores e 5.700 familiares diretos, num total de 13.400 pessoas. Tudo isto para permitir que se verifique “uma mudança de atitudes, uma perspetiva face ao ambiente de forma sustentável, num Concelho”, realçou o autarca, “que tem um crescendo de qualidade de vida”, chamando ainda a atenção para “a importância da educação ambiental”.
Por seu lado, o coordenador do Plano, José Pires, realçou que “esta era para ser uma ação pontual, mas transformou-se num plano ambicioso, que é único em termos municipais”.
José Pires sublinhou ainda que o objetivo foi “não celebrar efemérides. Não pensar nas questões ambientais quando se celebra um dia, mas criar um plano de trabalho que envolver as crianças em questões ambientais”, ou seja, assiste-se “a uma inversão, no sentido de enriquecer as comunidades escolares em termos ambientais”.
José Pires defendeu que o Plano “é possível, desejável e pode ser único. Começa por ser um único, mas pode generalizar-se a nível nacional”.
O coordenador do Plano deu ainda destaque à importância das Equipas de Vigilantes Ambientais (EVA), “constituídas nos agrupamentos de escolas e em que s alunos é que vão ser os vigilantes, com aquilo que a escola lhes der e com o que trouxerem para a escola”.
O Plano pretende sensibilizar as comunidades educativas para educação ambiental e a sustentabilidade; desenvolver, junto dos alunos, aprendizagens e competências facilitadoras e uma interiorização de comportamentos ambientais autónomos e seguros, através da intervenção dos alunos nas EVA; contribuir para uma prática de análise permanente das vulnerabilidades perante situações de risco devido à ação do Homem na natureza, através da intervenção dos alunos nas EVA; envolver parceiros locais no sentido de uma abordagem efetiva das questões ambientais e da sustentabilidade.
Em termos de ações, a primeira decorreu em 2018, com a elaboração e coordenação do Plano.
Em 2019, será desenvolvido o projeto pedagógio O Ciclo Urbano da Água, que inclui a publicação de um livro e do DVD PING PLOP – A gota de orvalho que queria ser pingo de chuva, preparação dos materiais para as EVA; introdução de Placards Comunidade Amiga da Sustentabilidade Ambiental (CASA) nas escolas participantes e a criação e coordenação do blogue PING PLOP e do Boletim PING PLOP Comunidade Amiga da Sustentabilidade Ambiental.
Já no em 2020 será desenvolvido o projeto pedagógico Saber Tratar dos Resíduos, que contempla a publicação do livro Bem Transformar – O verbo que ajuda a colocar cada resíduo no seu lugar, a realização do peddy paper PING PLOP e a entrega dos prémios referentes ao Ciclo Urbano da água.
Em 2021 será desenvolvido o projeto pedagógico Promover a Sustentabilidade Ambiental, que passa pela publicação do livro Mar de Mar, Terra de Terra – A última fronteira, representação de teatro para as escolas com a peça Mar de Mar, Terra de Terra – A última fronteira e a entrega dos prémios referentes ao Saber Tratar dos Resíduos.
Passando a 2022 será desenvolvido o projeto pedagógico Ser Transfomador, que inclui a publicação do livro Jardinar – Uma flor como tu, uma árvore com o teu nome – Poemas para contar como quem diz ou dizer com quem canta e a entrega dos prémios referentes a Promover a Sustentabilidade Ambiental.
No último ano, em 2023, está agendada a realização da Grande Festa PING PLOP – Comunidade Amiga das Sustentabilidade Ambiental e a entrega dos prémios referentes ao Ser Transformador.
De referir, ainda, que o PING PLOP tem quatro compromissos que são O Compromisso de Cuidar da Água, O Compromisso de Bem Transformar os Resíduos, O Compromisso da Sustentabilidade do Mar de Mar e da Terra de Terra e o Compromisso da Jardinagem.
António Tavares