PSD critica PS por causa da Barragem do Alvito
A Comissão Política Distrital do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco em nota enviada à Comunicação Social, critica o Partido Socialista (PS) por retomar a questão da construção da Barragem do Alvito, em ano de eleições.
Os social democratas começam por afirmar que “depois das promessas do Partido Socialista na campanha eleitoral das eleições Legislativas em 2015 em retomar “a execução do Aproveitamento Hidroagrícola do Alvito” (fim de citação), logo que se apanhou no Governo a obra foi cancelada, sem que se tenha ouvido levantar voz alguma por parte das estruturas distritais socialistas”, para realçarem que “porque nunca se conformaram com esta decisão, e após diversas intervenções na Assembleia da República em defesa deste projeto, numa iniciativa dos deputados do PSD eleitos pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, foi apresentado em 2017, na Assembleia da República, um Projeto de Resolução recomendando ao Governo que fosse feito um estudo de viabilidade da Barragem do Alvito, como aproveitamento de fins múltiplos, incluindo a hipótese da sua edificação na respetiva cota máxima”. Um passo dado, porque “queríamos ver avaliado o seu potencial como reserva estratégica nacional de água que complementasse a regularização do caudal do Rio Tejo, para rega, na atividade agrícola nos distritos de Castelo Branco, Portalegre e Santarém, acesso à água para combate aos incêndios florestais, para abastecimento urbano, fins turísticos, nomeadamente para o turismo de natureza e aventura, apreciado o potencial de promoção da atividade agrícola, da aquicultura e da criação de novas empresas em todos os setores da atividade, entre muitos outros”.
O PSD avança que “durante todo este tempo o Partido Socialista, mesmo ao nível das suas estruturas distritais, sempre alternou entre o desinteresse e a oposição à construção da Barragem do Alvito, de tal modo que, quando a nossa iniciativa foi aprovada na Assembleia da República, porque lhes faltou coragem mas nunca a quiseram ver aprovada, o PS optou pela abstenção. Depois de ter ignorado olimpicamente esta Resolução da AR durante muitos meses, o Governo veio anunciar agora, pela voz do ministro do Ambiente, que o PS tinha voltado a estar outra vez disponível para construir a Barragem do Alvito com o objetivo de controlar os caudais do Rio Tejo. Não era para já, pois primeiro queriam pedir uma avaliação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para perceber se o projeto era ou não viável”.
Perante isto é afirmado que “depois de ter prometido a falhado na última campanha eleitoral, faltando menos de seis meses para as eleições Legislativas, o Governo promete outra vez, desta vez estudar a Barragem do Alvito, como se não tivesse tido tempo para o fazer durante toda a legislatura”.
Motivos que levam a que seja destacado que “os arautos das promessas eleitos pelo PS na Assembleia da República que se abstiveram no projeto de resolução apresentado e defendido pelo PSD vem agora em altura de pré-campanha ser os porta-vozes dos anúncios eleitorais. Andaram três anos distraídos a assobiar para o lado e a seis meses de eleições Legislativas acordaram. Fazem lembrar a história da formiga e da cigarra”.
Tudo isto para sublinharem que “os Beirões que teimam em resistir num Interior cada vez mais esquecido não se esquecem das discriminações negativas de que são alvo todos os dias. Com este Governo, com a Secretaria de Estado da Desvalorização do Interior e com estes deputados socialistas supostamente a defender o Distrito, iremos ser o deserto que alguns governantes socialistas do passado preconizavam”.