7 de agosto de 2019

INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO
Programa hipertensão arterial na Região

A Unidade de Investigação QRural (Qualidade de Vida no Mundo Rural) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), desenvolveu o projeto Programa de Pressão Arterial da Beira Baixa (PPABB), que é coordenado pela docente Patrícia Coelho, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) de Castelo Branco. O projeto tem como principal objetivo, determinar a prevalência de hipertensão arterial e hipotensão ortostática na região da Beira Baixa.
Foram três os concelhos da região da Beira Baixa que, no âmbito deste projeto, foram estudados, mais concretamente Castelo Branco, Fundão e Proença-a-Nova. Neles foi possível concluir que, num total de 2.997 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 99 anos, a preva-lência de hipertensão arterial (HTA) é de 45,9 por cento no Concelho de Castelo Branco, de 43,5 por cento, no Concelho do Fundão, e de 60,4 por cento no Concelho de Proença-a-Nova.
Segundo é adiantado “ao estudar-se o Concelho de Castelo Branco foi possível perceber que 36,7 por cento dos hipertensos que realizavam medicação anti-hipertensora não apresentavam valores de pressão arterial controlados e ainda que 19,2 por cento apresentou valores de pressão arterial elevados e não realizava nenhum tipo de tratamento farmacológico para a hipertensão arterial”.
No que respeita ao Concelho do Fundão, “foi possível concluir que apenas 6,8 por cento da população que realizava farmacoterapia para a hipertensão arterial, apresentava valores de pressão arterial acima dos valores de normalidade. No entanto, 25,2 por cento apresentava hipertensão não diagnosticada”.
Relativamente ao Concelho de Proença-a-Nova, “podemos constatar que 15,6 por cento não tem esta patologia diagnosticada e que metade da população, 50,4 por cento, tem a sua hipertensão controlada”.
É ainda avançado que “estes valores evidenciam a importância do alerta que deve ser feito tanto à população, como aos profissionais de saúde, de forma a combater esta patologia, já que continua a ter destaque como o mais prevalente e importante fator de risco modificável para as doenças cérebrocardiovasculares em todo o Mundo”.
Por outro lado é realçado que “no Concelho de Proença-a-Nova foi possível verificar, a existência de uma iniciativa ímpar, a Unidade Móvel de Saúde, apresentando-se como uma mais valia para a população, sugerindo os responsáveis do PPABB, que esta iniciativa se possa estender a outros concelhos”.
“Foi ainda possível perceber que o fator de risco mais prevalente na população adulta destes três concelhos foi o sedentarismo, afetando mais de metade dos indivíduos estudados, sendo por isso fundamental incentivar a população quanto à prática regular de atividade física, apelando também a que os diversos profissionais de saúde e da área desportiva desenvolvam em conjunto de campanhas de sensibilização e atividades ao ar livre abertas a toda a comunidade, pa-ra assim combater o sedentarismo. Para além das atividades promovidas pelo poder local para promoção da saúde e do bem-estar da sua comunidade, é também necessário que os indivíduos tenham alguma proatividade em relação a estas atividades.
No decorrer do estudo foram também avaliados diversos fatores de risco associados à hipertensão arterial, nos quais se destaca a HTA não controlada, que engloba todos os indivíduos que fazem medicação antihipertensora, mas que apresentavam valores de pressão arterial elevados. Foi ainda estudada a HTA não diagnosticada, que diz respeito a todos os indivíduos que apresentavam valores de pressão arterial acima dos valores estipulados como normalidade e não realizavam farmacoterapia anti-hipertensora.
Outro fator estudado foi a presença de hipotensão ortostática, importante marcador de risco cardiovascular e que diz respeito à redução dos valores de pressão arterial após três minutos da passagem dos indivíduos à posição ortostática, apresentando uma prevalência compreendida entre 4,8 e os 5,5 por cento”.
Perante os resultados obtidos, e de acordo com os responsáveis pelo Programa da Pressão Arterial da Beira Baixa, “é fulcral sensibilizar e consciencializar a população para que seja possível decrescer estes valores e assegurar que a comunidade está ciente das graves consequências que esta patologia acarreta, alertar também os profissionais de saúde para uma maior atenção a todos os indivíduos que padeçam desta patologia. É imprescindível continuar a delinear estratégias que possam, não só diminuir a incidência da hipertensão arterial, como também aumentar o seu controlo e combater os fatores de risco modificáveis, uma vez que se trata de uma patologia transversal a todas as idades, géneros e raças”.

07/08/2019
 

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