FALTA DE MEDICAMENTOS
Marta Temido avança que Infarmed reúne com associações de doentes
A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou, na passada sexta-feira, à margem da sessão de abertura do 6º Congresso Médico da Beira Interior, que decorreu em Castelo Branco, que conhecia a carta enviada pelas associações de doentes ao Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, a alertar para a falta de medicamentos. Uma matéria em relação à qual a tutelar da pasta da saúde adiantou que o Infarmed “está a trabalhar neste tema”, bem como que vai “reunir com as associações de doentes, nos próximos dias, para perceber melhor quais são os constrangimentos e identificar as melhores formas dos ultrapassar”.
Na sessão de abertura do Congresso organizado pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB), Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cova da Beira e Unidade Local de Saúde da Guarda e que teve como tema reTHIN KING: o internato e a subespecialização, Marta Temido realçou que “repensar é também o que nos deve mover. Pensar o futuro, repensando o legado e as conquistas da saúde até hoje”.
Relembrando os 40 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), avançou que “ao longo de 40 anos o SNS foi-se consolidando e conquistou a simpatia dos Portugueses”, frisando que “hoje estamos mais próximos do sítio onde queremos chegar”.
Acrescentou que “o SNS trouxe notáveis ganhos à saúde” e destacou ”a aprovação recente da nova Lei de Bases da Saúde”, para considerar que “a lei não resolve todos os problemas, mas é um instrumento esclarecedor”.
Com base nisto Marta Temido afirmou que “o SNS não é perfeito. É sempre um projeto inacabado”, de onde resulta “um esforço diário do melhorar. É uma exigência”.
A ministra da Saúde aproveitou ainda para se referir a um “princípio primordial. O artigo 5º da lei que criou o SNS, no qual se lê que «Ao direito à proteção da saúde assegurado pelo SNS corresponde o dever, que a todos incumbe, de a defender e promover, nos termos da Constituição»”, para concluir que “é um serviço público que se faz todos os dias, com todos”.
António Tavares