Edição nº 1646 - 8 de julho de 2020

PSD comenta caso da Misericórdia

A Comissão Política de Secção do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco comenta, em comunicado, a notícia veiculada pelo Jornal de Notícias, respeitante à venda de três imóveis pela Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, começando por afirma que “se impõe, porém, uma nota prévia, “uma vez que “estando em causa uma instituição privada, com uma notória e respeitável ação no domínio social, tais notícias não deveriam, em princípio, suscitar qualquer reação política por parte do PSD, porque, ao contrário de outros, sabemos respeitar a vida e a dinâmica próprias das instituições”.
De qualquer modo os social democratas avançam que “tendo em conta que o principal visado na notícia é o provedor daquela instituição o qual é, simultaneamente, vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, o assunto em causa assume uma dimensão política à qual não poderemos ficar indiferentes”, para adiantarem que “sempre achamos questionável aquela acumulação de funções, não porque legalmente existisse algum impedimento, mas porque, estando em causa duas das mais representativas instituições de Castelo Branco, seria eticamente aconselhável que se mantivesse algum recato, consubstanciado na completa independência de uma em relação à outra, precavendo eventuais conflitos de interesses que pudessem vir a surgir. Tal não foi, infelizmente, tido em conta, sendo nosso entendimento que, face às notícias mais recentes, haverá agora implicações políticas”.
E é com base nisto que afirmam que “a confirmar-se a perda de mandato do presidente da autarquia, está em causa aquele que deveria ser o sucessor no cargo, isto de acordo com a hierarquia definida no executivo camarário. Depois não se pode ignorar o paralelismo desta notícia, com outras notícias recentemente divulgadas a respeito da Câmara de Castelo Branco, sendo de registar, mais uma vez, a falta de transparência e o envolvimento de uma respeitável instituição em notícias pouco consentâneas com a sua história e com os seus pergaminhos”.
Afirmam que “acreditamos na presunção da inocência até prova em contrário, pelo que seria desejável, desde logo para o envolvido, que o processo referido na notícia do JN prosseguisse até final” e acrescentam que “seja como for, toda a sucessão de factos que, nos últimos tempos, têm feito parte da atualidade do nosso concelho, só demonstra que o problema vai muito além dos nomes envolvidos”.
Para o PSD “o problema reside no próprio Partido Socialista que tem dado respaldo aos protagonistas de tais notícias (neste caso, protagonistas, no mau sentido), insiste em olhar para as instituições do Concelho como meios para atingir objetivos político-partidários, transformando a vida política do concelho num pântano, usando uma metáfora tão conhecida dos socialistas”.
Assim, reforçam que “é importante que todos e cada um de nós reflita sobre o presente e também perspetive o que pretende para o futuro do Concelho de Castelo Branco: se a mesma liderança política que, manifestamente, não tem dignificado o concelho, ou uma liderança renovada e focada no bem comum” e concluem que “fica, assim claro, que a assunção da liderança na Câmara pelo atual provedor da SCMCB irá fragilizar o Concelho e as suas pessoas. O manto da suspeita e a polémica iminente irá pairar de forma sistemática; questionando se “é isso que pretendemos para a nossa terra e as nossas gentes”.

08/07/2020
 

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