António Tavares
Editorial
Num ano atípico como o de 2020 vai haver uma oportunidade única de observar a denominada Estrela de Belém. Um fenómeno que foi assim designado pelo astrónomo alemão Johannes Kepler, em 1614, e que consiste no posicionamento muito próximo de Júpiter e Saturno, o que leva à ilusão que se observa um planeta duplo.
No dia 21 de dezembro, se as condições o permitirem, a observação da Estrela de Belém pode ser feita a olho nu, sem ser necessário recorrer a qualquer equipamento.
Este poderá, assim, ser um momento único para todos, porque a última vez que tal aconteceu foi há 800 anos e o fenómeno só se repetirá em 2080.
Mas falar da Estrela de Belém, ainda por cima nesta altura tão próxima do Natal, conduz-nos imediatamente para a quadra festiva que se aproxima. Afinal, a Estrela de Belém, foi quem guiou os três Reis Magos, na noite de Natal, até ao Menino Jesus. Isto embora quando se fala nesta Estrela de Belém, o fenómeno em causa seja outro, por se tratar de uma conjugação de Vénus, Júpiter e Saturno.
Independentemente de qualquer fundamentação metafísica, que venha a famosa Estrela de Belém e, acima de tudo, que ela seja um bom prenúncio para 2021, fazendo com que o próximo ano nos deixe voltar a ter uma vida normal, deixando para trás, o mais rapidamente possível, o drama que é a pandemia de COVID-19 a nível mundial. Afinal, há que ter esperança que melhores tempos virão, mas, até lá, previna-se e proteja-se a si e aos outros.