SESSÃO DE 26 DE FEVEREIRO
Pandemia domina intervenções na Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 26 de fevereiro, teve como tema central do período de antes da ordem do dia a pandemia de COVID-19. Uma temática que foi abordada por deputados municipais das diversas bancadas, sendo que por parte do Partido Socialista (PS) as atenções se centraram nos diversos apoios disponibilizados pela Câmara de Castelo Branco, em áreas como as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), a educação e a economia, entre outras.
Mas este não foi o único tema com uma discussão significativa, pois na sessão da Assembleia Municipal, também o ex-presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, esteve no centro das atenções. Aliás, na sequência de uma intervenção sobre este assunto, Leopoldo Rodrigues, do PS, denunciou que “os ataques nesta Assembleia, para além do ato administrativo, foi um ataque ao homem, ao seu caráter”. Recordando o acórdão proferido pelo Tribunal de Castelo Branco, no passado dia 4 de fevereiro, que, recorde-se, absolveu Luís Correia da acusação de prevaricação, o mesmo acontecendo com dois sócios da Strualbi, nomeadamente Alfredo da Silva Correia, pai de Luís Correia, e Eugénio Camelo, Leopoldo Rodrigues, não esquecendo que no processo administrativo o autarca perdeu o mandato, sublinhou que, “aqui, o Partido Social Democrata (PSD) tentou sempre condenar o homem, a sua honra”, para destacar quem “agora, ainda não tiveram uma palavra a dizer «Estávamos enganados»”.
Leopoldo Rodrigues que frisou ainda que em relação aos “contratos com a VTE, o inquérito foi arquivado”.
Uma intervenção que levou Álvaro Batista, do PSD, a responder em “defesa da honra”, com Leopoldo Rodrigues a retorquir que aquilo que se verificou nas intervenções na Assembleia Municipal foi “um julgamento de caráter”.
Posição que também foi sustentada pelo presidente da Câmara, José Augusto Alves, que depois de se referir a Luís Correia como “uma pessoa idónea, honesta”, considerou que “(Luís Correia) foi extremamente massacrado, bem como a sua família” e rematar com uma chamada de atenção, ao afirmar que há que ter “cuidado com os julgamentos de caráter”.
Voto de Pesar e minuto
de silêncio por Sampaio Lopes
Ainda no período de antes da ordem do dia, José Augusto Alves respondeu a algumas questões que lhe foram colocadas.
Na resposta a Fátima Quintas, da Coligação Democrática Unitária (CDU), que perguntou ao autarca para quando está prevista a remoção de amianto na Escola Faria de Vasconcelos, em Castelo Branco, José Augusto Alves afirmou que a empreitada já foi entregue.
Já na resposta a Miguel Barroso, do PSD, que falou em “irregularidades na vacinação de COVID-19”, para perguntar se o presidente da Câmara já tinha sido vacinado, José Augusto Alves afirmou que “não gosto de misturar assuntos (Câmara e Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco), mas aqui tem que ser e digo-lhe que uma das obras da Misericórdia é ensinar os ignorantes”.
Confrontado com José Ribeiro, do Bloco de Esquerda (BE), sobre a distribuição de máscaras à população do Concelho, José Augusto Alves avançou que “ainda não conseguimos fazer isso, mas deverá acontecer no final de março”.
Na sessão da Assembleia José Augusto Alves foi também questionado pelo motivo da Câmara adjudicar várias obras a empresas de fora do Concelho, ao que respondeu que tal acontece pelo facto de “haver dificuldade em entregar obras a empresas locais”, completando que “as empresas de Castelo Branco não têm é recursos humanos para responder”.
A Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou, por unanimidade, um Voto de Pesar pela morte de Sampaio Lopes, no passado dia 18 de fevereiro, cumprindo ainda um minuto de silêncio.
António Tavares