Edição nº 1681 - 10 de março de 2021

Alma Azul e Pedra Flor criam ponte literária

A Alma Azul, de Alcains, e a Pedra Flor, de Guimarães, dinamizam, na próxima sexta-feira 12 de Maço, entre as nove e as 21 horas, uma ponte literária, tendo como suporte o livro Húmus, para promover a leitura de uma obra-prima da Língua Portuguesa.
A ponte literária dedicada a Raul Brandão nasce da parceria com a Pedra Flor, um espaço colaborativo, com uma filosofia de sustentabilidade e consciência ecológica. O nome do espaço foi inspirado por um verso de Raul Brandão: “A pedra espera ainda dar flor”, e nasceu no verão de 2019, com localização em pleno Centro Histórico de Guimarães.
Cada um dos projetos, Alma Azul e Pedra Flor, escolheu seis fragmentos do livro, num total de 12 e convidaram leitores para lhe darem voz.
Na próxima sexta-feira, entre as nove e as 21 horas, através da rede social Facebook i página da Pedra Flor, serão partilhados os vídeos de homenagem a Raul Brandão.
Em Alcains, a Alma Azul convidou o ator Alcainense David Correia para dinamizar as leituras de Húmus, numa seleção de textos de Hélder Magalhães, responsável pela Pedra Flor.
David Correia tem colaborado com a Alma Azul em várias Leituras, como as que realizou no Museu Francisco Tavares de Proença Júnior, em Castelo Branco,integradas no Festival de Língua Portuguesa – A Língua Toda, e na Casa do Povo de Alcains para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Quem o desejar, pode pedir todo o material produzido, através do correio eletrónico alma.azul.1999@gmail.com.
Recorde-se que Raul Brandão nasceu no Porto a 12 de março de 1867, e faleceu em Lisboa, a 5 de dezembro de 1930.
Da sua vasta obra que vai das memórias à crónica de viagem Os Pescadores; da biografia histórica ao teatro, a Alma Azul destaca Húmus, um “livro inclassificável, em fragmentos como o Livro do Desassossego, de páginas de poesia até uma prosa dura e densa sobre um país abandonado à sua sorte ancestral de pobres e ricos. Um país que nos anos vinte do século passado aguarda ainda a chegada de D. Sebastião que, historicamente, surge sob a capa negra de um lente da Universidade de Coimbra, especialista em Economia Política e Finanças que se propõe salvar Portugal da banca rota, com as consequências que todos conhecemos. Húmus é todo ele uma metáfora sobre o abandono e a cristalização da ruralidade e da pobreza em Portugal. Um livro que incomoda, mas que se lê num fôlego, como se tratasse de uma investigação ao mais secreto da humanidade”.
A Alma Azul editou em setembro de 2003, o livro Deus | Céu e Inferno, duas partes de Húmus, para um projeto teatral que não chegou à estreia por falta de financiamento. Só teve uma leitura pública no Teatrão - Oficina Municipal de Teatro, em Coimbra.

10/03/2021
 

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