CULTURA
António Salvado conduz-nos pelas Áleas do Jardim
António Salvado acaba de aumentar a sua obra poética com a edição de Áleas do Jardim. Uma obra em que a poesia do poeta Albicastrense é acompanhada da ilustração a cargo de Rui Tomás Monteiro, com fotografias trabalhadas, numa edição que tem o apoio da Câmara de Castelo Branco.
Áleas do Jardim tem como base o Jardim do Paço que, refira-se, há pouco tempo foi também o tema de outra obra da autoria de António Salvado, intitulada Jardim do Paço. Uma reedição, uma vez que a primeira edição de Jardim do Paço é de 1967. Passados 54 anos, a nova edição de Jardim do Paço, apoiada pela Junta de Freguesia de Castelo Branco, une a poesia de António Salvado com a pintura do também Albicastrense José Manuel Castanheira.
Apesar da base de ambas as obras ser o Jardim do Paço, que é um dos ex-libris de Castelo Branco, é possível revelar que Áleas do Jardim e Jardim do Paço, são obras muito diferentes, pois a obra que agora será editada oferece um outro percurso sentimental pelo algo simbólico jardim do antigo Paço Episcopal de Castelo Branco. Assim, Áleas do Jardim apresenta tercetos inspirados em estátuas, motivos ou em pormenores significativos da sua estrutura.
De destacar, também, é que se verifica que este jardim tem acompanhado o poeta Albicastrense em toda a sua vida, desde a infância. Primeiro, porque António Salvado nasceu numa casa da Rua D´Ega, que ladeia o Jardim do Paço. Depois, como estudante do Liceu de Nuno Álvares, o Jardim do Paço foi o local escolhido para se preparar para os exames ou simplesmente ler o que mais lhe interessava. Mais tarde, o Jardim do Paço foi o companheiro de António Salvado durante os 18 anos que foi diretor do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, instalado no antigo Paço Episcopal.
António Tavares