Editorial
Definitivamente parece que o São Pedro anda mesmo baralhado. O verão começou esta segunda-feira, 21 de junho, mas foi possível verificar que de verão só mesmo a denominação, porque as baixas temperaturas, o céu repleto de nuvens e a chuva, mais faziam lembrar o inverno.
Agora, resta esperar que o bom tempo chegue, nem que mais não seja, de modo a possibilitar alguns passeios à noite e ao fim de semana. Não muito mais que isso, porque é garantido que os tradicionais arraiais dos santos populares só lá para o ano que vem, se tudo correr bem. Dia 13 de junho, não se realizaram os festejos de Santo António e, agora é certo que São João não terá comemorações, esta quinta-feira, 24 de junho, bem como no dia 29 não haverá festa dedicada a São Pedro e a São Paulo. A pandemia de COVID-19 a isso obriga.
Sim, porque apesar da vacinação contra o novo coronavírus estar a avançar bem, o -CoV2 continua por aí e implacável, com os números registados no País a refletirem isso, pois tanto a incidência, como a transmissibilidade R(t), não param de aumentar, dia após dia, fazendo com que Portugal continue a sua trajetória de extremos, entre país exemplar e pior país no que se refere ao novo coronavírus.
Por isso mesmo, nunca é de mais deixar o alerta e a sensibilização para a gravidade desta pandemia, relembrando que a vacina é fundamental, mas mesmo com a sua toma o bom senso deve imperar e não baixar as defesas, cumprindo o uso de máscara, o distanciamento físico e as medidas de higienização, para ver se é possível salvar o verão.