Edição nº 1705 - 1 de setembro de 2021

António Salvado recorda poesia de Dom Tomaz de Noronha

A Real Associação da Beira Interior, com o apoio da Câmara de Castelo Branco, organizou, dia 27 de agosto, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, uma palestra subordinada ao tema Já Leram a Poesia de Dom Tomaz de Noronha?, que teve como orador António Salvado.
Na sessão foi recordado que Dom Tomaz de Noronha, poeta satírico do Século XVII, escreveu centenas de poemas, mas poucos viram a sua impressão, numa recolha intitulada Fenix Renascentista, sendo que a sua obra apenas foi estudada nos séculos XIX e XX.
A obra satírica de Dom Tomaz de Noronha insere-se em coordenada importantíssima da história da poesia portuguesa: a que diz respeito à sátira, à ironia e ao humor.
Segundo foi realçado Dom Tomaz de Noronha “soube, com mestria, evitar os aspetos negativos do gongorismo, revertendo este, no seu melhor, em arma linguística e estilística a favor de uma mensagem ramificadamente impressionante, sabendo afastar supérfluas roupagens, elaborando um discurso poético, expressivo e chocante.”
Dom Tomaz de Noronha nasceu em Alenquer e pelo que se sabe também faleceu em Alenquer em 1651, tendo casado duas vezes. Escreveu 319 poemas, dos quais 241 permanecem inéditos. Era filho de Dom Pedro de Noronha, que era fidalgo, escudeiro do Rei Dom Sebastião I, e de Dona Maria Jordana, que era nobre.
A obra poética de Dom Tomaz de Noronha é constituída por canções, décimas, epigramas, glosas, oitavas, quadras, quintilhas, sextilhas e romances.
Nas centenas de poemas que deixou, atualmente são várias as antologias que permitem um conhecimento mais apurado do poeta.
Durante a palestra foi declamada poesia de Dom Tomaz de Noronha, por Maria de Lurdes Barata, Maria de Lurdes Riscado, Manuel Costa Alves e José Diais Pires.

01/09/2021
 

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