Maria Joana Lourenço Martins
Lembrando Prof. Joaquim Martins...
No passado dia 05 de Dezembro de 2021 celebrou-se o Dia Internacional do Voluntário cujo tema este ano foi “Voluntário para um futuro inclusivo”.
Instituído pelas Nações Unidas em 1985, o Dia Internacional do Voluntário pretende incentivar e valorizar o serviço voluntário de todo o mundo, nas suas mais diversas vertentes, com o grande objectivo de reduzir as desigualdades, capacitar pessoas e instituições, promover a inclusão social, económica e política de todos.
No passado dia 05 de Dezembro de 2021 celebrou-se também o terceiro aniversário do nascimento para a Vida Eterna do meu pai, o professor Joaquim Leonardo Martins, que durante tantos anos preencheu e ilustrou estes “Apontamentos”.
Se estivesse fisicamente connosco, não tenho quaisquer dúvidas de que este seria um dos temas que abordaria neste espaço. Pela importância que o mesmo tem na vida da sociedade, mas também pela importância que tem (vou optar por manter o “presente” como tempo verbal, segura que estou que é o tempo correcto) na sua vida, tal como sempre entendeu que devia ser vivida. Porque é nossa obrigação rentabilizar ao máximo os nossos dons – tão diferentes e todos tão necessários - sempre ao serviço do próximo.
É apenas justo que ao recordar o Dia Internacional do Voluntário se celebre também a vida de um grande Voluntário.
Desde a educação à política, passando pela cultura, pela Igreja e pela acção social, viveu permanentemente segundo o que sempre me transmitiu ser o grande lema ou objectivo do voluntariado: devemos esforçar-nos por deixar este mundo nem que seja um bocadinho melhor do que o encontrámos!...
O meu pai já deixou este mundo.
Mas a avaliar por tantos testemunhos que me têm chegado estes dias - de gente tão diferente, quer em idade, como em profissões, ideologias políticas ou religiosas – é uma certeza que a sua vida tocou e mudou tantas outras vidas.
Gente que se sentiu inspirada, valorizada, amada. Gente a quem cresceram asas, ideias, pensamentos. Gente que ganhou coragem, respeito, dignidade.
É para mim uma realidade inegável que o mundo ficou mais pobre com a partida do meu pai.
Mas sei – sinto, ouço, cheiro, vejo – que está muito melhor do que quando ele o encontrou…
Aproveitando o “balanço” do Dia Internacional do Voluntário, fica o desafio: atrevem-se a fazer voluntariado?