Edição nº 1726 - 26 de janeiro de 2022

ANTÓNIO COSTA EM CASTELO BRANCO
“Queremos continuar a avançar, porque nós já começamos há seis anos”

O líder do Partido Socialista e candidato a Primeiro Ministro nas eleições Legislativas do próximo domingo, 30 de janeiro, António Costa, deslocou-se a Castelo Branco, na passada sexta-feira, 21 de janeiro, para participar num comício, no Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco.
António Costa, que se recandidata ao cargo de chefe do Governo, com base no lema da sua campanha, Juntos Seguimos e Conseguimos, afirmou que “queremos continuar a avançar, porque nós já começamos há seis anos. Viramos a página da austeridade e, depois, a página da estagnação, porque fizemos diferente daquilo que a direita tinha feito”.
O candidato referiu também que “não tememos os problemas” e garantiu que perante um problema há que “identificá-lo, estudá-lo e encontrar soluções”.
Já numa abordagem mais local, António Costa recordou o mês de setembro do ano passado, para se referir à Dielmar, “à angústia”, uma vez que a empresa “tinha fechado portas e havia o risco de não reabrir, destruindo centenas de empregos”. Tudo, para realçar que “felizmente há otimistas. Há quem não desista. Por isso a Dielmar foi comprada e vai ter futuro”.
Na intervenção recordou também que “quando há seis anos vinha ao Interior e dizia que era preciso criar aqui uma nova centralidade, todos achavam que vivia noutro mundo. Fomos trabalhando” e relembrou que “na Guarda foi assumida a estratégia de desenvolvimento conjunto entre Portugal e Espanha, que vai começar a ser desenvolvida com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.
Noutra vertente destacou que havia a garantia de “cinco novas ligações fronteiriças”, para sublinhar que “o Itinerário Complementar 31 (IC 31) vai avançar”.
Mas, de caminho, não perdeu a oportunidade de deixar críticas, ao avançar que “a meio da legislatura, a meio de uma pandemia, num momento de todos nos unirmos, aquilo que irresponsavelmente fizeram foi chumbar o Orçamento do Estado (OE), derrubar o Governo, o que veio juntar às outras crises a crise política”.
António Costa, no entanto, está confiante nos resultados do próximo domingo e destacou que “temos um Orçamento do Estado pronto para ser aprovado”, não perdendo a oportunidade de referir que caso não tivesse surgido esta crise política “já estaria em vigor”, referindo-se a um rol de medidas que já estariam a ser aplicadas, mas, assim, não o estão.
Na abertura do comício, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, começou por afirmar que “estamos aqui para mostrar a força do PS” e defender que “António Costa é o Primeiro Ministro. Será, certamente, o futuro Primeiro Ministro”.
Leopoldo Rodrigues garantiu também que “o PS nunca faltou ao País, nunca faltou a Castelo Branco”, relembrando que foram os socialistas que trouxeram a Autoestrada Beira Interior (A23), o gás natural, entre outros.
Por tudo isso considera que “a mensagem é simples. Dia 30 realizam-se umas eleições importantes para o País. Também para a nossa região”. E assegurando que “só os socialistas é que olham com olhos de ver o Interior”, deixou o apelo ao voto no PS.
Na mesma linha, Joaquim Morão afirmou que “cá estamos, novamente, para ganhar as eleições. Para António Costa continuar a governar o País e ajudar a Beira Baixa, como o tem feito nos últimos anos”.
Joaquim Morão que mostrou confiança em “ganhar estas eleições e continuar a ter uma onda de progresso”.
Por seu lado, o presidente da Federação Distrital de Castelo Branco do Partido Socialista, Vítor Pereira, dirigindo-se a António Costa, fez questão de afirmar que “estás em terras socialistas, que têm sempre apoiado o PS”. Por isso, avançou que “dia 30 a escolha é muito simples. Os Portugueses vão escolher entre duas propostas distintas”. Com base nisso defendeu que “a resposta não pode voltar a ser o empobrecimento. É preciso ir votar dia 30. Votar no PS, porque tem sido o PS e António Costa que têm desenvolvido as nossas terras. O passado mostra que com o Partido Social Democrata (PSD) no Governo o Interior fica esquecido”.
Vítor Pereira recordou que “o PS tem obra feita no Interior”, exemplificando, entre outros, com “a eletrificação da Linha da Beira Baixa, que continuará a ser melhorada; a A23, onde reduzimos as portagens. Com o PS o IC31 desbloqueou-se e contamos que o IC6, entre a Covilhã e Coimbra, seja resolvido”.
Tal como António Costa, também a cabeça de lista pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Ana Abrunhosa, já se tinha referido ao lema da campanha, Juntos Seguimos e Conseguimos, ao frisar que “seguimos, porque queremos continuar um trabalho iniciado há seis anos”, para mais à frente afirmar que “mesmo perante a pandemia estivemos juntos e enfrentamos as adversidades. Este trabalho não pode, nem deve ser interrompido”, referindo-se à queda do Governo.
Ana Abrunhosa, a exemplo dos outros intervenientes, também não perdeu a oportunidade de se referir à “A23; à Faculdade de Medicina; à eletrificação da Linha da Beira Baixa; ao IC31, que não é um sonho; fizemos a redução das portagens e programas diferenciadores de apoio ao Interior”, sendo que “40 por cento dos fundos comunitários injetados no País vieram para o Interior. Nunca isso aconteceu”.
Acrescentou ainda que “com António Costa houve a coragem de, pela primeira vez, fazer política para o nosso Interior”, embora admita que Muito há ainda para fazer”, apontando, por exemplo, “para manter e captar pessoas, apoiar o investimento das empresas”.
E já no final Ana Abrunhosa entregou a António Costa o manifesto A Força do Interior.
António Tavares

26/01/2022
 

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