REUNIDOS EM OLEIROS
Autarcas da Região Centro estão unidos pelo desenvolvimento
Oleiros acolheu, na passada sexta-feira, 1 de julho, a segunda reunião de reflexão dos autarcas da Região Centro. Tal como no primeiro encontro, a iniciativa partiu do presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, e contou com a presença de autarcas dos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Leiria.
Fernando Jorge começou por afirmar que o objetivo da reunião informal, tal como a primeira, é o de “ajudar o poder central a perceber aquilo que pode fazer por esta região”, para melhorar a situação dos territórios do Centro, a todos os níveis. “Não estamos aqui para criticar ninguém, mas sim para lembrarmos os governantes da importância que o dinheiro que está a chegar da União Europeia (EU) no âmbito do PT2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) consiga alcançar o Interior e não ficar só distribuído nos grandes meios urbanos. Só conseguimos melhorias estruturantes com estes apoios”.
No encontro, o grande tema transversal a todos os que intervieram, foi o das acessibilidades, nomeadamente no que respeita a voltar a implementar o chamado corredor ibérico, que liga Madrid à Figueira da Foz, assim como o Itinerário Complementear 31 (IC31).
Autarcas como José Manuel Silva, de Coimbra; Pedro Santana Lopes, da Figueira da Foz; Vítor Pereira, da Covilhã; António Pinto, de Ansião; João Lobo, de Proença-a-Nova; Jorge Abreu, de Figueiró dos Vinhos; Helena Teodósio, de Cantanhede; António Beites Soares, de Penamacor; Carlos Miranda, da Sertã; e Luís Pereira, de Vila Velha de Rodão, destacaram a importância das acessibilidades para a captação de investimento privado na Região, defendendo que “só com a criação de postos de trabalhos é que conseguimos fixar pessoas, mas as empresas só se sentem motivadas a investir se virem que lhes são proporcionadas as condições necessárias para tal”.
No debate realizado foi destacada a relevância do porto da Figueira da Foz para todos os municípios do Centro e a ideia da construção de um aeroporto no centro do País, que gerou um consenso total.
O presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, não perdeu a oportunidade para deixar uma mensagem, com a qual todos se conseguiram relacionar, assumindo mais dificuldades e preocupações nos municípios do Interior do País.
A falta de mão de obra foi também um tema abordado, como um problema transversal que condiciona a tomada de decisão de investidores.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, lançou um repto que pareceu ter sido aceite por todos, no sentido que “a próxima reunião dos municípios do centro da Região Centro, do eixo Idanha-a-Nova – Figueira da Foz, se transforme num fórum, alargado a comunidades intermunicipais e outras entidades de cariz público, com uma ordem de trabalhos bem definida”, para que estes primeiros passos da união de vontades de uma região consigam alavancar, ainda mais, os seus desígnios.
O encontro contou também com a presença dos presidentes António Sampaio, de Góis; Armindo Jacinto, de Idanha-a-Nova; José Alberto Dias, da Pampilhosa da Serra; António Lopes, de Pedrógão Grande; Álvaro Coimbra, de Penacova; e Ricardo Aires, de Vila de Rei.