MANUEL PIZARRO SALIENTA
“A Maternidade de Castelo Branco está aberta e está aberta todos os dias”
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou, na passada quarta-feira, 25 de janeiro, que “a Maternidade de Castelo Branco está aberta e está aberta todos os dias” e acrescentou que “vamos manter a confiança que é possível manter os serviços em funcionamento. É nisso que estamos concentrados. Tomaremos as decisões que forem necessárias para garantir isto: qualidade e segurança”.
As afirmações foram proferidas na passada quarta-feira, 25 de janeiro, no final da visita realizada por Manuel Pizarro, no âmbito da iniciativa Governo Mais Próximo, ao Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco, onde inaugurou o Edifício de Ambulatório I e visitou as obras da Urgência Pediátrica e do Serviço de Psiquiatria.
O tutelar da pasta da Saúde confrontado com a possibilidade do encerramento de maternidades na Beira Interior (Castelo Branco, Covilhã e Guarda), realçou que, “para já estão todas abertas, com condições de segurança, com condições de qualidade” e avançou que “as medidas vão sendo tomadas a par e passo”, para sublinhar que “venho aqui é para reforçar o Hospital de Castelo Branco, não é para o diminuir”.
Antes, já sobre o fecho de maternidades, Manuel Pizarro tinha adiantado que “estamos muito tranquilos sobre isso. O que nós queremos é o melhor atendimento possível em cada sítio e as pessoas no fundo têm consciência que as medidas que tomamos em cada momento correspondem a essa ambição, tratar o melhor possível as mães e as futuras crianças. Neste momento as maternidades estão a funcionar em pleno, estou satisfeito com isso, temos que garantir que isso continua a ser assim no futuro e temos que garantir, sobretudo, que em cada momento as futuras mães são atendidas com qualidade e com segurança, como sempre aconteceu no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que mudou o cuidado da saúde materno-infantil em Portugal e tem que continuar a ser assim de futuro”.
A respeito do HAL, o ministro da Saúde admitiu que é uma “unidade que tem dificuldades, mas que está a trabalhar muito para atender cada vez melhor as pessoas” e destacou que “acho que o que é notável é o Serviço Nacional de Saúde (SNS) aqui, em Castelo Branco, numa zona mais no Interior do País, onde a boa alternativa para as pessoas é o SNS, o que está aqui a ser feito, obras, capacidade de atração de profissionais é uma melhoria constante. Isto não nega as dificuldades, mas também não pode diminuir o trabalho que está a ser feito pelos profissionais para atenderem cada vez melhor os Portugueses e venho aqui, sobretudo, para ouvir as pessoas, para agradecer aos profissionais e para ouvir a população, como fiz durante esta visita e percebo que as pessoas gostam do serviço que aqui é prestado no Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco”.
Quanto às obras que estão a decorrer nesta unidade de saúde, Manuel Pizarro frisou que “estivesse tudo a correr como está a correr aqui. Temos um novo serviço de consultas de ambulatório a funcionar já na perfeição, temos o resto das obras a andar muito bem. Obras que são financiadas por vários meios, incluindo pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Isto é mesmo um caso para mostrar. O PRR em movimento para melhor atendimento aos Portugueses, para melhores condições de trabalho para os profissionais, é um belíssimo exemplo para mostrar ao País que o PRR é mesmo uma oportunidade para melhorar os serviços públicos ao serviço das pessoas”.
Confrontado com o facto de vários profissionais do HAL se estarem quase a aposentar, bem como com a dificuldade de contratara médicos para o Interior, Manuel Pizarro sublinhou que, “primeiro, espero que esses profissionais continuem a ajudar-nos”, uma vez que “estamos a criar condições para que eles, o mais tempo possível, continuem a trabalhar connosco”, afirmando que “reconheço que há aqui um período de transição que vai ser mais difícil”.
No que respeita à dificuldade de contratação de médicos para o Interior, relembrou que “desenvolvemos um programa, que já apresentamos, que é um programa que visa atrair médicos em processo de formação para os hospitais das zonas, enfim do chamado Interior do País ou zonas de menor densidade, porque não estamos a falar apenas de Interior, e Castelo Branco e a Covilhã inserem-se nesse grupo de hospitais. O que estamos a tentar, com a Ordem dos Médicos, é construir processos de Internato partilhado, em que as pessoas fazem uma parte do Internato nestes hospitais e outra parte em hospitais mais diferenciados, de zonas mais litorais do País, tendo um apoio remuneratório aumentado, pelo menos pelo período em que as pessoas estão aqui”.
Manuel Pizarro avançou que “se um médico tem ao mesmo tempo que fazer o Internato em Castelo Branco e em Coimbra, ou em Lisboa, evidentemente que no período em que está em Castelo Branco tem que ter um suporte remuneratório e tem que ter um suporte para o seu alojamento, porque um jovem profissional não ganha que chegue para ter duas casas em duas localizações diferentes”. Uma matéria em relação à qual sublinhou que “contamos também com o apoio das autarquias” e acrescentou que “confiamos que este processo de atração dos profissionais numa fase mais precoce da sua formação é a garantia que uma boa parte deles se fixarão em terras como estas, onde a qualidade de vida é fantástica, zonas ótimas para se viver. É preciso vencer este bloqueio cultural que afasta as pessoas destas terras, chamadas do Interior, mas que são sítios fantásticos para se morar”.
António Tavares