António Tavares
Editorial
Agosto, um mês de calor sempre conotado com as férias de verão, este ano, infelizmente, está a ser marcado, mais uma vez, pelo flagelo dos incêndios florestais. Agosto de 2025 está inclusive a ser um mês que ficará para a história como um mês com um número excecional de ignições e de área ardida, como já não se via há alguns anos.
São milhares e milhares de hectares de floresta; de mato; de povoamento florestal; casas, umas devolutas outras de primeira habitação; barracões; arrumos; empresas, entre outros, que são destruídos. Uma verdadeira tragédia, que dizima a flora e a fauna, mas também aquilo que foi construído ao longo de uma vida e, mais grave, quando há perda de vidas humanas.
O problema não é exclusivo de Portugal, mas neste pequeno país é mais notório, devido à sua dimensão e ao que fica reduzido a cinzas.
Milhares de Bombeiros fazem o melhor para combater as chamas, mas, muitas vezes, como não chegam a todos os locais, são as populações que se unem para enfrentar o monstro, que transforma o dia em noite, com o fumo, e a noite em dia, com as chamas.
Mais uma vez é preciso analisar aquilo que falhou, nomeadamente na prevenção, mas também na coordenação e dos meios disponíveis, bem como é alarmante que a maior parte dos incêndios resulte de negligência e de atos criminosos.
Garantido é que haverá muito a fazer, de uma vez por todas, antes que não haja mais nada para arder, não sendo que esquecer que os incêndios não tiram férias para ir a banhos.