SESSÃO PÚBLICA DE CÂMARA
Perguntas sobre Barragem do Barbaído e outras questões ficam sem resposta
A sessão pública da Câmara de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 17 de março, ficou marcada por um conjunto de perguntas dirigidas por Luís Correia, do SEMPRE – Movimento Independente, ao presidente da autarquia, Leopoldo Rodrigues, no período de antes da ordem do dia.
Antes disso, depois de um minuto de silêncio pela morte do poeta Albicastrense António Salvado, Luís Correia destacou que “António Salvado é um património nosso, que devemos valorizar e preservar”, para sublinhar que “é um poeta que muito nos diz. Que sempre nos dirá”, pelo que “há que preservar a memória e a obra que nos deixa”.
Luís Correia deixou também os parabéns ao mestre Manuel Cargaleiro, pelos seus 96 anos, bem como aos Albicastrenses, pelos 252 anos de cidade cumpridos na passada segunda-feira, 20 de março.
Ainda neste rol de felicitações, também apresentou “os parabéns, com algum sentimento de pena. Não gostamos de dar esses parabéns”, referindo-se “ao senhor presidente (Leopoldo Rodrigues), que em mais de 25 anos não me recordo de ter assistido em Castelo Branco, áquilo que aconteceu na última sessão pública da Câmara, ao tirar a palavra a um vereador, no caso concreto a mim, quando falava no Itinerário Complementar 31 (IC31). Disse que o tema estava esgotado. Criticou um vereador e utilizou termos pouco próprios para uma sessão de câmara, quando, considera que “tem obrigação de procurar elevar o debate político, aqui”. Tudo, para concluir que “esperamos que tenha sido um momento infeliz e único” e deixar a garantia que “não nos calaremos”.
Por isso Luís Correia voltou a falar no IC31, integrado num conjunto de 10 perguntas dirigidas ao executivo camarário. As questões levantadas passaram entre outras, pela iluminação led no Concelho; o aumento das transferências para as freguesias, salientando que “até hoje não houve nenhum aumento”; pelo concurso público internacional para o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, que “ainda não há”; pelo concurso para o Vale da Europa; ou pela “promessa da construção de 100 casas por ano”, sendo que “estamos no segundo ano de mandato e o saldo está em 200 casas. Para quando a sua construção?”.
O maior destaque, no entanto, foi para a Barragem do Barbaído. Uma matéria em relação à qual Luís Correia sublinhou que Leopoldo Rodrigues afirmou, “publicamente, que construirá a Barragem, com ou sem apoio público do Estado ou comunitário”, para frisar que “não esclarece nada”.
Uma dezena de perguntas para as quais ficou sem resposta, pois Leopoldo Rodrigues, passou de imediato para a ordem do dia, sem fazer qualquer intervenção.
António Tavares