António Tavares
Editorial
A primavera chegou e já na madrugada do próximo domingo, 26 de março, Portugal vai entrar na denominada Hora de verão. Ou seja, a partir daqui será de dia até mais tarde.
À primeira vista, tudo isto pode parecer insignificante, mas não o é. Está provado e comprovado que o clima e a luz solar têm um efeito determinante sobre o ser humano e não só. Dias mais quentes, com maior luminosidade e com a noite a chegar mais tarde, têm efeitos, sobretudo no estado anímico de cada um, assumindo como um ótimo antidepressivo, ainda por cima num país em que os dados revelam que se usa e abusa dos medicamentos para combater este problema de saúde.
Este período do ano pode, assim, marcar o início de um renascer, que muito poderá ajudar tudo o que de negativo trouxe a ressaca da pandemia de COVID-19, logo seguida de todas as questões negativas originadas pela invasão da Ucrânia por parte da Rússia, já lá vai mais de um ano.
Desde então a vida tem sido mais difícil, por muitos fatores como, por exemplo, a subida das taxas de juro e a inflação galopante, que no caso de Portugal é especialmente preocupante no que respeita aos produtos alimentares.
São dificuldades atrás de dificuldades que põem em causa a qualidade de vida da maioria das pessoas, fazendo com que o dia a dia seja uma luta constante, sempre a fazer contas.
Por isso há que ter a esperança que esta época do ano seja também um renascimento a esse nível e que o pior já tenha passado.