Edição nº 1809 - 13 de setembro de 2023

SERTÃ E VILA DE REI JÁ INTEGRAM A COMUNIDADE
João Lobo reeleito presidente da CIMBB

João Lobo foi reeleito presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) na reunião do Conselho Intermunicipal realizada na passada quinta-feira, 7 de setembro, em Penamacor. João Lobo, que é o presidente da Câmara de Proença-a-Nova eleito pelo Partido Socialista (PS), continua assim à frente dos destinos da CIMBB, tendo como vice-presidentes os presidentes das câmaras de Penamacor e Vila de Rei, António Beites Soares e Ricardo Aires, respetivamente. Recorde-se que até agora os vice-presidentes eram os presidentes das câmaras de Idanha-a-Nova e de Penamacor, Armindo Jacinto e António Beites Soares.
O Conselho Intermunicipal é ainda composto pelos restantes presidentes de câmara, ou seja, Leopoldo Rodrigues, de Castelo Branco; Armindo Jacinto, de Idanha-a-Nova; Miguel Marques, de Oleiros; Carlos Miranda, da Sertã; e Luís Pereira, de Vila Velha de Ródão.
Esta reeleição acontece num momento em que a CIMBB acaba de integrar os representantes de Vila de Rei e da Sertã nos seus órgãos, o que aconteceu na sessão extraordinária da Assembleia Intermunicipal, realizada na passada quarta-feira, 6 de setembro, na sede da CIMBB, no Edifício dos Emblemas, em Castelo Branco.
Com a integração destes concelhos, a CIMBB passou a ser constituída por oito concelhos, que são Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão. Deste modo, do Distrito de Castelo Branco apenas três concelhos que são Belmonte, Covilhã e Fundão não estão na CIMBB, uma vez que integram a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.
Após a tomada de posse dos novos membros, a ordem de trabalhos continuou com a eleição da Mesa da Assembleia.
Uma eleição para que inicialmente foi apresentada uma única lista, a A, que mais não era que aquela que estava em funções, com António Carmona Mendes, do PS, de Vila Velha de Ródão, como presidente, João Dionísio, do PS, de Idanha-a-Nova, como vice-presidente; e Pedro Crisóstomo, independente, de Castelo Branco, como secretário.
No entanto, antes da votação, na sequência da intervenção de Pedro Custódio, do Partido Social Democrata (PSD), de Oleiros, surgiu outra lista, a B, composta por António Carmona Mendes, PS, como presidente; Pedro Crisóstomo, independente, como vice-presidente; e Daniel Luís, do PSD, da Sertã, como secretário. Lista que foi apresentada, de modo a refletir a nova realidade da presença de forças partidárias na CIMBB.
Do ato eleitoral saiu vitoriosa a lista A, com 10 votos, enquanto a lista B teve sete, pelo que ao nível da Mesa da Assembleia se mantêm tudo como até aqui.
Na reunião foi ainda aprovado, por unanimidade, o novo Regimento da Assembleia Intermunicipal.
De referir, também que a Assembleia Intermunicipal é agora composta por 20 elementos, que são Jorge Neves, Pedro Crisóstomo, Adelina Martins e Maria José Rafael, de Castelo Branco; João Dionísio e Hugo Rego da Silva, de Idanha-a-Nova; Pedro Custódio e Joaquim da Silva, de Oleiros; Rogério Cruz e Sara Nunes, de Penamacor; Vítor Bairrada e André Dias, de Proença-a-Nova; Samuel Xavier, Daniel Luís, Paulo Ferreira e Jorge Nunes, da Sertã; Paulo Sérgio Brito e Hélder Antunes, de Vila de Rei; e António Carmona Mendes e Paula Gonçalves, de Vila Velha de Ródão.

Belmonte, Covilhã
e Fundão na CIMBB
é a meta a atingir
No final da reunião da Assembleia Intermunicipal da passada quarta-feira, 6 de setembro, o presidente da CIMBB, João Lobo, confrontado com a entrada dos municípios de Sertã e Vila de Rei, afirmou que tal cria, “desde logo um horizonte diferenciado, porque ganhamos sempre e acrescentamos à Comunidade os dois municípios. Portanto, além de ganharmos território e de ganharmos pessoas, traduz-se também relativamente àquilo que é o relevo que estes dois municípios depois traduzem na sua capacidade interventiva e também naquilo que é a estratégia que queremos montar relativamente à Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, tanto mais que o plano de ação para este novo quadro de financiamento já foi articulado também com os dois municípios e está alinhado com aquilo que são as estratégias dos oito nesse conjunto”.
João Lobo admitiu que “evidentemente que este foi um processo, como aqui foi dito, um bocadinho tortuoso, relativamente àquilo que foi a inclusão dos municípios de Sertã e de Vila de Rei por alteração das Nomenclatura das Unidades Territoriais (NUT). Uma circunstância que nós, a seu tempo, referimos que deveria ter tido de facto outra ação e outro desenvolvimento, nomeadamente com aquilo que devia ser o contacto muito mais próximo e contínuo com os municípios e com as comunidades. Infelizmente essa situação não aconteceu, agora, como sempre, os municípios são aquelas entidades de proximidade nos territórios, que não tenho dúvidas nenhumas que resolvem e que são muito mais eficientes, e ágeis, e, portanto, dentro dessa agilidade e dessa condição concertamo-nos relativamente àquilo que é o acolhimento e bem da Sertã e de Vila de Rei, em articulação com as duas comunidades, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, porque ainda há agora muito trabalho a fazer relativamente a contratos interadministrativos que são precisos realizar entre as duas comunidades, no sentido de articular muita das operações que os dois municípios também têm e vão continuar a ter até que elas terminem, que se concluam no Médio Tejo, articuladamente com a Beira Baixa”.
Quanto à possibilidade de Belmonte, Covilhã e Fundão também virem a integrar a CIMBB, João Lobo garante que “tem havido diálogo” e revela que, “o Município do Fundão tem mostrado alguma relutância sobre essas circunstâncias e relativamente àquilo que é a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela. Agora eu penso pessoalmente, já disse ao Paulo Fernandes, o Paulo Fernandes também já me disse a mim relativamente àquilo que são os seus argumentos, mas entendo, ainda assim, que evidentemente que fortalecemo-nos e não é para tirar forçar às Beiras e Serra da Estrela, ninguém está aqui fazer aqui um jogo de ver quem é que consegue ter mais ou ter mais municípios, não é essa a circunstância. Tem a ver com a geografia, com o modelo cultural e desenvolvimento que está integrado, até nas populações, portanto essa agilidade do ponto de vista dessas ligações e nessa circunstância parece-me a mim, até olhando para a geografia humana, que relativamente a isso faz sentido que Belmonte, Covilhã e Fundão num futuro próximo integrem também a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa”.

Os novos concelhos
na CIMBB
Sertã é um dos dois novos membros da CIMBB, com Samuel Xavier, do PS, a afirmar que “houve aqui uma mudança que não era expectável da nossa parte, pelo menos o presidente da Câmara da Sertã afirmou que essa não era uma decisão para o momento, no entanto, por várias circunstâncias nós fomos forçados para esta alteração”, Tudo parta avançar que esta é uma questão que “dispensa comentários. Acho que esse assunto já foi discutido e a análise será ao futuro que caberá fazê-las. Para nós enquanto deputados intermunicipais entramos expectantes, no sentido que esta entrada seja uma entrada em que possamos de facto construir ligações com esses municípios, que já temos na verdade, mas que possamos ter aqui uma nova visão de coesão territorial, trabalharmos de uma forma diferente a nossa região. É com essa expectativa que entramos aqui, de um desenvolvimento positivo, mas que a Sertã continue a ser uma voz ativa, continue a ter a sua influência agora nesta comunidade intermunicipal”.
Daniel Luís, também da Sertã, mas do PSD, avançou que “a partir de agora esperamos que a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, a comunidade que agora nós também integramos, a Sertã e Vila de Rei, venha a crescer com os nossos contributos, que tenhamos todos vontade de trabalhar, uma vontade de ter um grande espírito crítico e construtivo, para que consigamos assim trazer algo de bom que aprendemos na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, tal como aprender também na Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa bastante, para que consigamos assim também dar o nosso melhor contributo no futuro desta Comunidade”.
No que se refere à eleição da Mesa da Assembleia, Daniel Luís realça que “nós, PSD, aumentamos a nossa representatividade nesta Assembleia e uma vez que até à data a Mesa da Assembleia era constituída pelas forças existentes na Assembleia, tirando o PSD, que só tinha uma pessoa, pelo que não tinha tão grande expressão como tem agora, achava por bem, uma vez que temos mais elementos do PSD nesta Assembleia, que pudessem também estes integrar a Mesa, a fim de também haver uma pluralidade da Mesa, com todos as forças políticas representadas, seja PS, independentes e o PSD”.
Por seu lado, Paulo Brito, de Vila de Rei, do PSD, com a entrada do Concelho na CIMBB afirmou que “esperamos ser um contributo positivo nesta região da Beira Baixa, para o crescimento, neste caso também de Vila de Rei. Ser um contributo ao desenvolvimento desta Região e que incluiu também Vila de Rei”.
Paulo Brito denuncia que “este processo não foi talvez muito bem conduzido, mas na realidade agora o que interessa é olharmos para o futuro e termos projetos, trazíamos projetos que queríamos desenvolver na Médio Tejo, penso que agora aqui também haverá oportunidade para os podermos desenvolver em conjunto com estes municípios, no fundo com outra parceria, mas aqui a lógica é esta, é podermos ser um contributo positivo para esta comunidade e receber, claramente, todos os inputs que ela tem para nos dar e para nos oferecer e trabalharmos em conjunto”.
Questionado se este será um regresso a casa, Paulo Brito, afirmou que “sim, pode ser. Na realidade estamos a falar da Beira Baixa. Vila de Sei sempre foi da Beira Baixa. faltam ainda outros municípios para ser então um regresso completo”.
Quanto à integração na CIMBB avançou que “pode haver aqui alguns aspetos positivos, logo à partida somos municípios com problemas, se calhar, muito semelhantes, enquanto se calhar na Médio Tejo havia municípios com um tipo de problemas, outros com outro tipo de problemas. Aqui, se calhar, há uma maior homogeneidade, digamos, no tipo de questões que estão em cima da mesa, portanto, isso pode ser de facto um aspeto positivo e sim, é um regresso a casa, que esperamos que seja de facto positivo. É com esse espírito bastante positivo que estamos aqui, para construir e continuar com os projetos que trazíamos e que penso que encaixam perfeitamente nesta comunidade intermunicipal e abraçar outros projetos que esta comunidade tenha”.
António Tavares

13/09/2023
 

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