Edição nº 1833 - 28 de fevereiro de 2024

João Belém
O FUTURO DA DEMOCRACIA …..

“A criação bem-sucedida de inteligência artificial seria o maior evento na história da humanidade. Infelizmente, pode também ser o último, a menos que aprendamos
a evitar os riscos”
Stephen Hawking, físico teórico

O debate sobre o impacto da inteligência artificial (IA) na democracia só está a começar e tudo parece indicar nem sequer os criadores destes sistemas são capazes de antecipar o seu desfecho.
A inteligência artificial (IA) tem um impacto significativo na democracia, e as suas consequências podem ser observadas em várias áreas importantes:
1. Segurança: A IA pode ser usada para melhorar a segurança nacional e combater ameaças à democracia, como ataques cibernéticos e manipulação de informações. No entanto, também pode representar uma ameaça à privacidade dos cidadãos se não forem estabelecidos mecanismos adequados de proteção de dados.
Em última instância necessitaremos de cidadãos mais conscientes dos riscos das redes sociais e acostumados a comprovar tudo o que veem e ouvem sendo desejável que estes processos de ruído nas redes sociais sirvam para valorizar de novo os meios tradicionais que praticam a verdade daquilo que compartem com o público.
2. Economia: A IA está transformando radicalmente a economia e o mercado de trabalho, tornando alguns empregos obsoletos e criando oportunidades em setores como a tecnologia e a inteligência artificial. Isso pode afetar a distribuição de ordenados e a desigualdade social, o que pode ter repercussões na estabilidade democrática.
3. Legitimidade das democracias: A utilização da IA na tomada de decisões políticas pode levantar questões sobre a transparência e responsabilidade dos governos eleitos. A falta de compreensão sobre como os algoritmos de IA funcionam e tomam decisões pode minar a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas.
4. Risco civilizacional: Existem preocupações crescentes sobre o impacto da IA no futuro da humanidade, incluindo o potencial de desenvolvimento de armas autónomas e a criação de sistemas de IA superinteligentes que possam ameaçar a existência da espécie humana. Essas preocupações levantam questões éticas e morais sobre o uso da IA e seus possíveis efeitos no futuro da democracia.
Em resumo, a IA tem o potencial de melhorar a democracia em termos de segurança e eficiência, mas também apresenta desafios em termos de privacidade, desigualdade, transparência e riscos existenciais. É essencial que os governos e a sociedade civil discutam essas questões e estabeleçam políticas e regulamentações adequadas para garantir que a IA seja utilizada de forma ética e responsável na promoção da democracia e do bem-estar social.

28/02/2024
 

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