REGULAMENTO MUNICIPAL DE GESTÃO DE ARVOREDO EM MEIO URBANO ESTÁ APROVADO
Palmeiras da Avenida General Ramalho Eanes serão substituídas por outras árvores
A Câmara de Castelo Branco aprovou, por unanimidade, na sessão pública do executivo realizada na passada sexta-feira, 15 de março, o projeto de Regulamento Municipal de Gestão de Arvoredo em Meio Urbano no Concelho de Castelo Branco.
Na apresentação do documento, o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, adiantou que está a ser desenvolvido um “trabalho de monitorização da saúde das árvores” e avançou que já foram feitas intervenções nas avenidas 1.º de Maio e Nuno Álvares, em Castelo Branco, “onde se procedeu à poda das árvores e ao corte de algumas”, salientando que “o corte é sempre motivo de ponderação”, em função da “avaliação de risco fitossanitário e do perigo que representam para as pessoas, no caso de queda”, com a garantia que “as árvores cortadas serão substituídas”.
Sobre esta matéria, à margem da reunião, explicou que “o corte das árvores impôs-se, por questões de segurança, nomeadamente a segurança das pessoas, mas também dos bens, dos carros, uma vez que eram árvores que, infelizmente, estavam doentes, Ou seja, o seu interior estava seco, estava corroído e havia também o risco da copa poder cair, como já aconteceu com pequenos ramos”.
Nesta matéria esclareceu igualmente que “esta intervenção das árvores, seja Avenida 1.º de Maio, na Avenida Nuno Álvares, seja também no centro cívico está enquadrado num projeto que tem como objetivo melhorar os espaços verdes do centro da cidade, sendo que esse objetivo é o de acrescentar e não de diminuir”, para assegurar que “as árvores que foram cortadas serão substituídas por árvores da mesma espécie”.
O objetivo desta intervenção, avançou que também “passa por criar canteiros e outros espaços verdes ajardinados, de modo a tirar alguma aridez, ou combater alguma aridez que o verão nos traz com temperaturas muito elevadas. Objetivo é adocicar a temperatura e depois permitir que haja mais espaço verde e mais convívio entre as pessoas e a natureza”, Esta intervenção ocorrerá “em locais que são calcetados”, sendo que “não iremos colocá-los dentro do pavimento. Serão colocados vasos de grande dimensão, que irão pautar nomeadamente a Alameda da Liberdade e outras zonas centrais da cidade”.
Leopoldo Rodrigues adiantou também que no respeitante ao corte de erva “não será utilizado herbicida. Será uma intervenção mecânica e não química”, para adiantar que com essa finalidade “se vai proceder à aquisição de serviços, sendo que a cidade será dividida em 11 áreas, que irão a concurso”.
O autarca referiu ainda que “as acácias, também conhecidas como mimosas, são uma espécie invasora e são um problema grave em alguns pontos do território”, dando como exemplo a Serra da Gardunha.
Confrontado com a situação das palmeiras da Avenida General Ramalho Eanes, Leopoldo Rodrigues assegurou que “estão condenadas, porque foram atacadas por um escaravelho que as destrói a partir do interior”. Avançou que “foi feita uma avaliação da situação”, resultado da qual “se colocou a hipótese da sua substituição por outras palmeiras que não sejam afetadas pelo escaravelho, mas não existem garantias que no futuro também essas palmeiras sejam atacadas pelo mesmo escaravelho. Assim, a opção passará por substituir as palmeiras por outras espécies de árvores. As palmeiras serão arrancadas, os cepos removidos, ainda este ano, e serão colocadas as novas árvores”.
António Tavares