Edição nº 1836 - 20 de março de 2024

CALDEIREIRO ALBICASTRENSE RESISTE

Herdeiro de uma geração de caldeireiros Carlos Antunes mantém, aos 75 anos, a mesma resiliência que, praticamente tinha quando iniciou a sua atividade com 14 anos.
“Meu pai foi o principal inspirador para a profissão pela qual me apaixonei. Vivi intensamente todos os pormenores da arte, em que ele se dedicava de sol a sol”, descreve com uma certa nostalgia, o único caldeireiro residente na Rua de São Tiago, em Castelo Branco. “É uma das atividades pertencentes aquele rol de profissões em vias de extinção, mas que, enquanto em puder, não deixarei morrer”, reitera Carlos Antunes.
Ao longo de décadas, saíram das suas mãos e do seu talento, peças de arte, desde caldeiras, braseiras em cobre, candeias para alumiar e outras peças encomendadas pelos seus inúmeros amigos e clientes. “Tive o privilégio de conseguir uma vasta legião de pessoas que, manifestaram o seu interesse pelo meu trabalho. Um pouco por toda a região Centro, aqui se deslocavam à minha oficina, para eu produzir a peça que mais lhes interessava”, recorda.
Embora na situação de reformado há cerca de 10 anos, Carlos Antunes, agora a desfrutar de dias mais calmos, sem azáfama de outros tempos, considera a velha máxima de que, “parar é morrer”, e como tal, continua a ir à sua oficina, para satisfazer algum pedido de alguns clientes que ainda o procuram. “Sou feliz a trabalhar, embora a idade já não permita muito esforço, vai-se fazendo alguma coisa com mais calma”, conclui. 
José Manuel Alves

20/03/2024
 

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