António Tavares
Editorial
As férias de verão, ou férias grandes, como também são conhecidas, estão aí. Chegou aquela altura do ano em que os livros ficam temporariamente de lado, para dar lugar, ao descanso.
E se as férias são sempre vistas como algo positivo, quando se trata desta altura do ano são ainda mais valorizadas, porque, além do tempo livre, há a somar as sempre desejadas viagens de férias, principalmente em direção ao mar, para ir a banhos.
Mas se para os estudantes tudo isto não acarreta qualquer problema, o mesmo não se passa em relação aos pais, que em muitas situações se veem confrontados com a questão de a quem deixar os seus filhos, principalmente se não tiverem apoio familiar e se se tratar de crianças. A solução passa, muitas vezes, pela inscrição em campos de férias ou em atividades de tempos livres, entre outras. Mas isto, por um período limitado e com os correspondentes custos, que nem todos podem suportar. Ou seja, num mundo em que é cada vez é mais difícil encontrar soluções para haver quem tome conta dos filhos, principalmente nas grandes cidades, pois muitas vezes os avós estão a muitos quilómetros de distância, é necessário encontrar soluções, que se desejam viáveis para todos, independentemente da sua disponibilidade financeira.
Os estudantes que aproveitem para descansar, com os mais novos a aproveitarem para brincar, o que é fundamental e também é aprender, mas não em frente a uma televisão, a um computador ou um telemóvel. O ideal, por todas as vantagens que apresenta, era brincar na rua, em segurança, como fizeram os seus pais e avós, mas, infelizmente, é cada vez mais difícil uma criança ser criança.