Associação de Diabéticos alerta para a problemática da diabetes
A Associação de Diabéticos da Beira Baixa (ADBB) dinamiza, no próximo sábado, 23 de novembro, a partir das 14h30, no auditório da Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco, uma conferência sobre o Dia Mundial da Diabetes.
A iniciativa conta com a participação de Adalberto Campos Fernandes, Xavier Barreto, Paulo Felicíssimo, Rui Santos Ivo, José Manuel Boavida, Estela Mateus, António SàÁgua, Andrea Tello Lima, Catarina Castro, Jorge Monteiro, Helena Monteiro e Leopoldo Rodrigues.
De referir que a iniciativa contará no local com uma carrinha cedida pela Mutualista da Covilhã, totalmente equipada, e com três enfermeiros da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) de Castelo Branco, que farão rastreios da diabetes.
A ADBB considera a diabetes uma pandemia silenciosa, devido ao seu impacto global e ao crescimento alarmante de casos. Atualmente, 537 milhões de adultos vivem com a doença, e as projeções indicam que esse número continuará a aumentar nos próximos anos podendo alcançar números a nível global de 630 a 650 milhões de pessoas com diabetes, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF).
Só na área da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) estão diagnosticados cerca de 10 mil casos, sem contar com os familiares e daí a importância central da conferência.
A ADBB também considera que “este crescimento contínuo da diabetes reflete não apenas o aumento populacional e o envelhecimento, mas também mudanças no estilo de vida, como dietas inadequadas e sedentarismo. Regiões de baixos e médios rendimentos/recursos, como a nossa, serão as mais afetadas, onde a falta de acesso a cuidados médicos e diagnósticos precoces, agrava de forma determinante a situação”.
Além disso, a IDF alerta que os custos relacionados com o tratamento da diabetes e suas complicações, continuarão a crescer, pressionando os sistemas de saúde, ao nível nacional e mundial. Daí a importância de investir na prevenção e na educação em saúde, com medidas sustentáveis de modo a reduzir o impacto dessa doença global, equiparada a pandemia. E aqui a ADBB, “pode assumir um papel relevante na economia social, com uma intervenção mais eficaz no combate à diabetes, recorrendo a algumas estratégias como, por exemplo, intervenção de proximidade, com programas de ação preventiva de saúde; criação de postos móveis de atendimento com fim melhorar o acesso no diagnóstico precoce incluindo as áreas rurais do Interior; estabelecimento de parcerias com entidades de saúde; apoio psicossocial e mental, ajudando a lidar com os desafios emocionais da doença; criação de espaços multidisciplinares e realizar campanhas de sensibilização.
A ADBB realça ainda que “acreditamos que a entrada em funcionamento da sede da ADBB, irá permitir melhorar de forma substancial o atendimento de proximidade, já que o novo espaço irá ficar dotado de gabinetes para atendimento médico, de enfermagem, de equipamento para avaliação da retinopatia e pé diabético, visando sempre a prevenção e diagnóstico precoce da doença para um público alvo de cerca de 50 mil potenciais utentes, desta forma também ampliando a visibilidade da ADBB e exponenciando o seu potencial de interligação com as distintas regiões nortenhas e centro do País”.