Impressoes
08/10 a 02/11
Impressões é exposição da autoria de António Camões que está patente na Sala da Nora do Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco, até dia 2 de novembro.
O autor avança que “Impressões é uma exposição que convida o olhar a percorrer o Cosmos através de diferentes formas de expressão visual, como a pintura e a fotografia, na maioria das vezes fundidas num mesmo suporte, que é a tela. Cada obra aqui exposta é uma impressão, no sentido mais amplo da palavra”.
António Camões realça a “impressão como técnica. A matéria que se fixa na superfície, o gesto do autor transformado em presença visível”, bem como a “impressão como sensação. Aquilo que me toca, me atravessa, e permanece” e a “impressão como memória. A marca que o Cosmos, com os seus mistérios, amplitudes e compassos, deixa em mim”, ou anda a “impressão como tentativa, de apreender o que é imensurável, de capturar a luz, o silêncio, a beleza das coisas”.
Na mostra, o conjunto de pinturas, datadas dos anos 80 e 90 e noventa do século XX, “são representativas de um caminho, rico de cumplicidades, de descobertas, de conquistas, percorrido entre a adolescência e a idade adulta, entre Castelo Branco e Lisboa, entre o Ensino Secundário e a Universidade, entre Portugal e a Europa”.
Já na coleção de obras impressas em tela, “cada peça carrega a sua própria órbita estética e simbólica. Há imagens que evocam o trabalho dos mestres pedreiros, o aperfeiçoamento das formas brutas, a singularidade das diversas superfícies planetárias; outras exploram a abstração para sugerir atmosferas cósmicas, fluxos de energia ou estados contemplativos. O Universo, aqui, não é apenas tema. É origem, matéria e destino”.
O autor explica que “as técnicas cruzam-se, os tempos sobrepõem-se. A pintura encontra a fotografia, a tecnologia dialoga com o gesto humano. Tudo isso mediado pelo ato de imprimir, transformar o intangível em forma visível, permanente, compartilhável. Impressões é, portanto, uma exposição sobre o Cosmos, mas também sobre a experiência humana diante dele. O que vemos quando olhamos para o Universo? O que sentimos ao perceber a nossa pequenez dentro da vastidão? Quais são as marcas que esse encontro nos deixa?”.